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Odebrecht Latinvest nomeia novo presidente para superar crise

Segundo comunicado, a mudança no comando faz parte das políticas orientadas a fortalecer a resolução das investigações por corrupção das quais é alvo

Odebrecht: a Odebrecht Latinvest implementará mecanismos internos para denunciar qualquer tipo de desvio de conduta (Paulo Whitaker/Reuters)

Odebrecht: a Odebrecht Latinvest implementará mecanismos internos para denunciar qualquer tipo de desvio de conduta (Paulo Whitaker/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de dezembro de 2016 às 18h54.

Lima - A empresa Odebrecht Latinvest, braço do grupo brasileiro responsável pelo investimento em concessões na América Latina, anunciou nesta sexta-feira seu novo presidente, Mauricio Cruz.

Segundo um comunicado divulgado pela companhia, a mudança no comando faz parte das políticas orientadas a fortalecer a resolução das investigações por corrupção das quais é alvo.

Desta forma, a empresa busca "reafirmar seu desejo de cooperar com as autoridades peruanas e tomar medidas adequadas e necessárias para melhorar continuamente seu compromisso com práticas empresariais éticas e de promoção da transparência em todas as suas ações".

Cruz supervisionará particularmente a implementação de reformas integrais para prevenir, identificar e remediar qualquer ato inadequado para uma relação ética e correta entre o setor público e privado.

Em virtude dessas políticas, a Odebrecht Latinvest implementará mecanismos internos para denunciar qualquer tipo de desvio de conduta, seja por omissão ou por ação, dos executivos ou integrantes da empresa, e garantir assim padrões éticos.

Estas políticas foram estipuladas por todas as empresas do grupo Odebrecht, as quais se submeterão a um controle externo e independente por um período de até três anos, durante o qual aprofundarão as amplas medidas de correção já adotadas.

Na quarta-feira, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, divulgou um relatório no qual afirmou que a Odebrecht e algumas de seus filiais pagaram aproximadamente US$ 788 milhões em propinas em 12 países para obter contratos públicos.

No Peru, a empresa pagou US$ 29 milhões a servidores entre 2005 e 2014, anos que compreendem os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016), segundo o acordo de leniência assinado pela companhia com o Departamento de Justiça dos EUA.

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