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Odebrecht irá pagar US$17,9 mi à Guatemala por corrupção no país

A Odebrecht foi acusada em vários países de pagar subornos milionários a funcionários de alto escalão, candidatos e presidentes para ser favorecida

Mulher limpa logo da Odebrecht na sede de São Paulo, dia 17/04/2017 (Nacho Doce/Reuters)

Mulher limpa logo da Odebrecht na sede de São Paulo, dia 17/04/2017 (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 07h44.

Cidade da Guatemala - A empreiteira brasileira Odebrecht aceitou pagar 17,9 milhões de dólares para Guatemala, um montante equivalente aos subornos recebidos pelos funcionários públicos do país para o fechamento de contratos, disse na quarta-feira o Ministério Público do país.

A Odebrecht foi acusada em vários países de pagar subornos milionários a funcionários de alto escalão, candidatos e presidentes para ser favorecida.

Em 2016, os executivos da construtora admitiram pagamentos a autoridades guatemaltecas no valor de 18 milhões de dólares para obter os contratos de construção de uma rodovia.

Uma investigação entre os Ministérios Públicos do Brasil e da Guatemala, juntamente com a Comissão Internacional contra Impunidade na Guatemala (CICIG), entidade da Organização das Nações Unidas (ONU), revelou há três dias que o ministro de Infraestrutura, Alejandro Sinibaldi, concordou em receber 19,5 milhões de dólares para assegurar que a Odebrecht tivesse o contrato por 300 milhões de dólares.

Mas Sinibaldi, qque permaneceu como fugitivo desde meados de 2016, recebeu 17,9 milhões de dólares apenas, de acordo com a investigação.

A filial da construtora na Guatemala também se comprometeu a desistir de qualquer pagamento pendente derivado deste contrato, disse a procuradora-geral, Thelma Aldana, em coletiva de imprensa.

O episódio de corrupção que incluiu a Guatemala também atingiu o ex-candidato presidencial, Manuel Baldizón, que foi detido em 21 de janeiro em Miami, nos Estados Unidos, e que aguarda deportação por ter cobrado 1,6 milhão de dólares do suborno pago a Sinibaldi.

(Por Sofía Menchú)

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