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Odebrecht abre "canal de ética" para receber denúncias no Peru

A recepção das denúncias, por telefone e pela internet, será terceirizada para gerar uma maior segurança e anonimato ao serviço

Odebrecht: aconstrutora é investigada no Peru pelo suposto pagamento de US$ 29 mi em subornos (Sebastian Castaneda/Reuters)

Odebrecht: aconstrutora é investigada no Peru pelo suposto pagamento de US$ 29 mi em subornos (Sebastian Castaneda/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de maio de 2017 às 21h18.

Lima - A Odebrecht abriu um canal chamado Linha de Ética para receber relatos e denúncias de comportamentos antiéticos e violações a suas políticas internas e legislações no Peru, segundo anunciou nesta segunda-feira a construtora brasileira.

A recepção das denúncias, por telefone e pela internet, será terceirizada para gerar uma maior segurança e anonimato ao serviço, além de não permitir represálias.

A construtora é investigada no Peru pelo suposto pagamento de US$ 29 milhões em subornos para obter contratos de obras durante os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).

A Justiça peruana abriu um processo e expediu uma ordem de detenção contra Toledo, que vive nos Estados Unidos e é acusado de ter recebido US$ 20 milhões da Odebrecht, enquanto Humala também está sendo investigado pela procuradoria por supostamente ter recebido US$ 3 milhões da construtora brasileira para sua campanha eleitoral de 2011.

García, por sua parte, é investigado pela procuradoria, de forma preliminar, por um suposto tráfico de influências pelo suborno pago pela Odebrecht a ex-funcionários para a construção da linha 1 do metrô de Lima.

A denúncia de funcionários ou do público em geral poderá ser feita por mensagem de voz e de texto, e os relatos também podem ser realizados por telefone diretamente a um operador, detalhou um comunicado da Odebrecht.

A construtora afirmou que a nova Linha de Ética permitirá, além disso, que o denunciante acompanhe anonimamente o curso do assunto reportado por meio de um número de comprovante que receberá ao registrar seu relato.

"Esta funcionalidade também possibilita que a Odebrecht possa comunicar-se de forma anônima com o denunciante e solicitar informação adicional ou algum esclarecimento ao relato realizado", acrescentou.

A Odebrecht informou que sua Política sobre Conformidade aprovada em 2016 estabelece as medidas disciplinares a aplicar em casos de comportamento antiético e violações às legislações de acordo com o nível de gravidade do fato e o grau de responsabilidade dos envolvidos, as quais podem ir de advertência verbal até demissão por justa causa.

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