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O Walmart no divã 

Quando uma varejista que fatura 485 bilhões de dólares por ano divulga seus resultados, é como se todo o varejo fosse para o divã. Nesta quinta-feira, o Walmart apresenta os dados do segundo trimestre. A receita da companhia deve vir pouco abaixo do segundo trimestre do ano passado – 120,1 bilhões de dólares ante 120,2 bilhões de […]

WALMART:  a companhia é a única empresa na lista das 10 maiores entidades do mundo / Joe Raedle/Getty Images (Joe Raedle/Getty Images)

WALMART: a companhia é a única empresa na lista das 10 maiores entidades do mundo / Joe Raedle/Getty Images (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 19h51.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h09.

Quando uma varejista que fatura 485 bilhões de dólares por ano divulga seus resultados, é como se todo o varejo fosse para o divã. Nesta quinta-feira, o Walmart apresenta os dados do segundo trimestre. A receita da companhia deve vir pouco abaixo do segundo trimestre do ano passado – 120,1 bilhões de dólares ante 120,2 bilhões de dólares. O lucro deve sair dos 3,4 bilhões de dólares para os 3,2 bilhões neste ano.

Mas os olhos estão no futuro da companhia, e não no presente. A grande preocupação é como a aquisição da startup de comércio eletrônico Jet, anunciada no último dia 8 por 3,3 bilhões de dólares pode mudar o destino dos negócios. O Walmart tem seu site de comércio eletrônico há mais de 15 anos, mas o e-commerce sempre foi algo secundário.

Em 2015, o faturamento de seu e-commerce totalizou 14 bilhões de dólares, 3% da receita total. A maior concorrente, a Amazon, faturou 107 bilhões de dólares na internet. É justamente a concorrência com a Amazon que tem feito o Walmart investir cada vez mais. Se o varejo mundial tende a ser dominado por uma companhia, investidores apostam na Amazon para preencher este posto. Na bolsa, a empresa de Jeff Bezos já vale 360 bilhões de dólares – 134 bilhões a mais que o Walmart – mesmo tendo apenas um quarto da receita.

O site da Jet, lançado em julho do ano passado, tinha como objetivo inicial vender produtos mais baratos que o Walmart e a Amazon. Para isso, queimava 4 milhões de dólares todo mês. Junto com a aquisição, o Walmart também anunciou que o fundador da Jet, Marc Lore, será presidente do e-commerce tanto do Walmart quanto da Jet, que a princípio funcionarão de maneira separada. Analistas e investidores não estão muito otimistas com a estratégia. Os papéis da companhia permaneceram quase inalterados desde o anúncio da aquisição. Resta saber se Lore e a Jet conseguirão impactar os resultados já em um dos próximos balanços da empresa – para o bem ou, mais provavelmente, para o mal mesmo.

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