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O saldo de dois anos de Raphael Klein como CEO da Viavarejo

Empresário se despede da função de presidente da varejista no próximo dia 22 e afirma que seu trabalho foi cumprido


	Raphael Klein: empresário vai deixar a presidência da Viavarejo
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Raphael Klein: empresário vai deixar a presidência da Viavarejo (Germano Lüders/EXAME.com)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 13h42.

São Paulo - Raphael Klein, neto do fundador da Casas Bahia, participou, nesta quinta-feira, da última apresentação dos resultados financeiros da Viavarejo, como presidente da varejista. No próximo dia 22, o empresário passará o bastão a um sucessor ainda não definido pelo Grupo Pão de Açúcar e entregará a ele uma companhia quase quatro vezes maior do que quando assumiu o posto - dois anos atrás.

Segundo Raphael, a Viavarejo de hoje tem resultado sólido e crescente de vendas.  Para se ter uma ideia, o lucro da companhia cresceu mais de 700% no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 67,9 milhões de reais. “Tenho certeza que fiz meu papel e vou passar a companhia com números positivos”, afirmou o empresário, em teleconferência com analistas, nesta quinta-feira.

As vendas da Viavarejo também cresceram 9,5% no terceiro trimestre do ano na comparação anual, somando 5,4 bilhões de reais. No terceiro trimestre de 2010, quando Klein assumiu a cadeira de presidente, a varejista havia totalizado vendas de 1,5 bilhão de reais e prejuízo de 18,3 milhões de reais. Nessa época, a companhia ainda não computava em seus balanços os números da Casas Bahia.

O empresário também fez questão de destacar durante a teleconferência que conseguiu em sua gestão diminuir as vendas parceladas sem juros no cartão de crédito. “Os negócios com cartão já chegaram a representar 60% das nossas vendas, hoje representam menos de 40% e isso não impactou o crescimento da nossa receita”, disse Raphael.


A vida segue

Para Enéas Pestana, presidente do grupo pão de Açúcar, a saída de Raphael da presidência da Viavarejo está sendo encarada de forma natural dentro da companhia. “Trata-se de uma mudança importante para o grupo como um todo e estamos fazendo esse processo da forma mais transparente possível, ainda não definimos o nome do substituto, mas na hora apropriada ele será revelado”, disse o executivo.

A Viavarejo mantém sob seu guarda-chuva as bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio, além do braço de e-commerce do grupo Pão de Açúcar, com o Extra.com e outros sites de vendas. No terceiro trimestre, o negócio representou quase 40% das vendas totais do Grupo Pão de Açúcar e mais de 30% do seu lucro líquido acumulado no período.

A saída de Raphael, de fato, cumpre um curso natural do processo, já que sua gestão seria de apenas dois anos. Para os Klein, porém, existe um fator que vai além do administrativo nesse processo, e tem um peso muito mais emocional:  esta será a primeira vez que uma pessoa que não pertence à família vai comandar a Casas Bahia.

 

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