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O que fez BTG Pactual dobrar de tamanho no ano passado

Mercado global e investimento em real state estão entre os destaques


	Esteves, do BTG Pactual: seguindo a receita popular de não pôr todos os ovos na mesma cesta
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Esteves, do BTG Pactual: seguindo a receita popular de não pôr todos os ovos na mesma cesta (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 15h51.

São Paulo – Na teleconferência com analistas na manhã desta quarta-feira, André Esteves, fundador do BTG Pactual, não economizou elogios ao desempenho do banco em 2012. “Excepcional” foi uma palavra dita algumas vezes por Esteves, antes que fossem apresentados números como o salto de 113% nas receitas, para 6,817 bilhões de reais. O lucro líquido também quase dobrou, passando de 1,922 bilhão de reais para 3,256 bilhões.

O que sustentou esse desempenho, na avaliação do próprio fundador, foi diversificar as atividades. O plano envolveu desde ampliar a atuação em segmentos de mercado, quanto buscar outros países para investir.

Dentro desta estratégia, o destaque positivo ficou com o que o banco chama de “principal investments”, que agrupo os investimentos do BTG Pactual, com recursos próprios, em mercado imobiliário (real state), títulos (global market) e participação em empresas (merchant banking).

Destaque

Dos oito segmentos em que o BTG atua, hoje, a área de principal investments foi a que disparou – literalmente – de um ano para outro. A receita saltou de 181 milhões de reais para 2,338 bilhões de reais, ou 1.1190%.

Com isso, a área ganhou peso nos negócios do banco. Em 2011, o principal investments representou 5,6% da receita total. No ano passado, sua fatia nas receitas foi de 34,9% - a maior entre os negócios do BTG Pactual, e bem à frente da área de “sales and trading”, que participou com 22,3% da receita total, ou 1,517 bilhão de reais, após crescer 50% ao longo do ano. Trata-se da área que agrupa as operações de mesa do banco, como juros e câmbio.

No segmento de “principal investments”, o destaque ficou para o que o banco chama de “global markets”, formado por investimentos em títulos americanos, mercados emergentes e dívidas globais, entre outros. Esse item rendeu ao BTG receita de 1,859 bilhão de reais, um salto de 3.771% sobre 2011, quando apenas 48 milhões de reais foram gerados.


Fatia de empresas

A segunda atividade que mais trouxe receitas foi o “merchant banking”, em que o BTG Pactual investe com recursos próprios na compra de fatias de empresas. Essas operações cresceram 35%, para 234 milhões de reais.

O último item que compõe o segmento de “principal investments” da instituição é o “real state”, ou investimentos no mercado imobiliário. A rubrica contribuiu com 245 milhões de reais em receitas. Segundo o BTG Pactual, o resultado foi favorecido pelos lucros, no ano passado, gerados pela participação do banco na BR Properties. Em 2011, por não contar com esse impulso, a receita com real state, na verdade, ficou negativa em 40 milhões de reais.

Não pôr todos os ovos na mesma cesta é um chavão de investidores em todo o mundo, mas os resultados do BTG Pactual mostram que esse conselho está longe de ser apenas retórico. "Nosso modelo de negócios diversificado mostrou-se capaz de navegar por vários cenários econômicos”, afirmou Esteves, lembrando que o Brasil e o mundo não viveram um ano fácil.

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