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O que está por trás da compra do LinkedIn pela Microsoft

Antes de entrar em uma reunião, uma pessoa já saberá tudo sobre a vida profissional da outra e poderá compartilhar a apresentação de antemão através da Cortana

Jeff Weiner, CEO do Linkedin, Satya Nadella, CEO da Microsoft e Reid Hoffman, fundador do Linkedin (Divulgação/Microsoft)

Jeff Weiner, CEO do Linkedin, Satya Nadella, CEO da Microsoft e Reid Hoffman, fundador do Linkedin (Divulgação/Microsoft)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 14 de junho de 2016 às 15h48.

São Paulo - A Microsoft quer estar mais presente no seu trabalho. Essa foi a principal razão para comprar o LinkedIn por US$ 26,6 bilhões.

A empresa de software quer integrar os dados que já tem sobre seus usuários, como calendário, agenda de contatos, email e documentos, com dados profissionais e as conexões entre pessoas, empresas, universidades e outras instituições do LinkedIn.

Antes de entrar em uma reunião, uma pessoa já saberá tudo sobre a vida profissional da outra, quais são os amigos em comum e gostos parecidos, tudo através da assistente virtual Cortana.

O feed de notícias da rede social irá fornecer as atualizações mais importantes sobre a vida profissional e será mais fácil compartilhar apresentações, conversar com contatos do LinkedIn pelo Skype e encontrar o especialista mais adequado para um projeto.

Para a Microsoft, a rede também servirá como uma vitrine para divulgar seus produtos para empresas, como o pacote Office 365 e Dynamics, um sistema de gestão de empresas.

Com isso, estará presente em toda a vida profissional do usuário, do momento em que ele monta seu currículo online, busca oportunidades de trabalho, se conecta a colegas e pessoas de destaque na sua área, aprende e trabalha.

“Em essência, podemos reinventar a maneira de fazer profissionais serem mais produtivos, ao mesmo tempo em que reinventamos o processo de vendas, marketing e gerenciamento de talentos”, afirmou o presidente da Microsoft, Satya Nadella, em carta a seus funcionários.

Números bilionários

Além de integrar a rede profissional ao seu portfólio de produtos, a empresa de softwares pretende acelerar a expansão do LinkedIn entre as mais de 1,2 bilhão de pessoas que usam o Office no mundo.

Uma pessoa se inscreve na rede social profissional a cada dois segundos. No último ano, o crescimento foi de 19%, para 433 milhões de usuários.

O faturamento do LinkedIn é de US$ 2,9 bilhões, alta de 35% em relação ao ano passado, principalmente com anúncios segmentados e assinaturas de empresa.

O LinkedIn é a maior aquisição da história da Microsoft, que já incorporou companhias como Skype por US$ 8,5 bilhões e Nokia, por US$ 7,1 bilhões.

O Microsoft já havia entrado no mercado de redes profissionais em 2012, com a aquisição da Yammer por US$ 1,2 bilhão.

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