São Paulo - A Microsoft quer estar mais presente no seu trabalho. Essa foi a principal razão para comprar o LinkedIn por US$ 26,6 bilhões.
A empresa de software quer integrar os dados que já tem sobre seus usuários, como calendário, agenda de contatos, email e documentos, com dados profissionais e as conexões entre pessoas, empresas, universidades e outras instituições do LinkedIn.
Antes de entrar em uma reunião, uma pessoa já saberá tudo sobre a vida profissional da outra, quais são os amigos em comum e gostos parecidos, tudo através da assistente virtual Cortana.
O feed de notícias da rede social irá fornecer as atualizações mais importantes sobre a vida profissional e será mais fácil compartilhar apresentações, conversar com contatos do LinkedIn pelo Skype e encontrar o especialista mais adequado para um projeto.
Para a Microsoft, a rede também servirá como uma vitrine para divulgar seus produtos para empresas, como o pacote Office 365 e Dynamics, um sistema de gestão de empresas.
Com isso, estará presente em toda a vida profissional do usuário, do momento em que ele monta seu currículo online, busca oportunidades de trabalho, se conecta a colegas e pessoas de destaque na sua área, aprende e trabalha.
“Em essência, podemos reinventar a maneira de fazer profissionais serem mais produtivos, ao mesmo tempo em que reinventamos o processo de vendas, marketing e gerenciamento de talentos”, afirmou o presidente da Microsoft, Satya Nadella, em carta a seus funcionários.
Números bilionários
Além de integrar a rede profissional ao seu portfólio de produtos, a empresa de softwares pretende acelerar a expansão do LinkedIn entre as mais de 1,2 bilhão de pessoas que usam o Office no mundo.
Uma pessoa se inscreve na rede social profissional a cada dois segundos. No último ano, o crescimento foi de 19%, para 433 milhões de usuários.
O faturamento do LinkedIn é de US$ 2,9 bilhões, alta de 35% em relação ao ano passado, principalmente com anúncios segmentados e assinaturas de empresa.
O LinkedIn é a maior aquisição da história da Microsoft, que já incorporou companhias como Skype por US$ 8,5 bilhões e Nokia, por US$ 7,1 bilhões.
O Microsoft já havia entrado no mercado de redes profissionais em 2012, com a aquisição da Yammer por US$ 1,2 bilhão.
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1. Bilhões em jogo
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1/12 (Andrew Harrer/Bloomberg)
São Paulo – A história da
Microsoft é repleta de criações revolucionárias, como a do Windows, mas também de
compras suntuosas, como a do
Linkedin,
anunciada hoje. Pela rede social, a gigante de software desembolsou US$ 26,2 bilhões, o maior negócio fechado por ela em sua história, que contempla nada menos que 120 aquisições desde 1994. Listamos, a seguir, as dez maiores compras de empresas protagonizadas pela Microsoft. Confira
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2. Linkedin
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2/12 (Flickr/Creative Commons/Mambembe Arts & Crafts)
Valor do Negócio: US$ 26,2 bilhões De longe, a aquisição do Linkedin, anunciada hoje, é o maior negócio fechado na história da Microsoft, segundo informações da própria empresa. Também é a primeira compra da companhia no controle de
Satya Nadella, que assumiu a presidência em fevereiro de 2014 no lugar de Steve Ballmer. Ainda não está claro o objetivo da compra, mas a especulação é que a Microsoft agregue o Linkedin às suas soluções corporativas, além da oportunidade de ter uma rede social significativa – coisa que ela não conseguiu até agora.
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3. Skype
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3/12 (Scott Eells/Bloomberg)
Valor do negócio: US$ 8,5 bilhões
Até então, a compra da
Skype, fechada em 2011, havia sido a maior fechada pela Microsoft. A empresa de telefonia pela internet pertencia ao fundo de investimento Silver Lake.
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4. Nokia
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4/12 (Markku Ruottinen/AFP)
Valor do Negócio: US$ 7,1 bilhões Em setembro de 2013, a Microsoft comprou a unidade de aparelhos e serviços, além de patentes da finlandesa
Nokia, por 7,1 bilhões de dólares. No ano seguinte, a empresa anunciou o início de uma reestruturação que incluiu uma demissão histórica de 18.000 pessoas, além de fechamento de lojas e cortes de gastos. A medida foi consequência da integração das áreas adquiridas com a Nokia. Depois da aquisição, a Microsoft ficou com 127.000 funcionários – e com a necessidade urgente de se tornar uma companhia mais enxuta e eficiente.
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5. aQuantive
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5/12 (Getty Images)
Valor do Negócio: US$ 6 bilhões Em 2007, a Microsoft comprou a aQuantive, empresa de marketing digital, por 6 bilhões de dólares, com a intenção de ampliar sua presença na indústria da publicidade pela internet.
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6. Telewest
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6/12 (.)
Valor do Negócio: US$ 2,6 bilhões
A quarta maior aquisição fechada pela empresa foi a da compra de cerca de 30% de participação na Telewest, operadora de TV a cabo do Reino Unido, em 1999. Alguns anos depois, em 2003, a companhia vendeu suas ações por 5 milhões de dólares.
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7. Visio
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7/12 (Wei Feng)
Valor do Negócio: US$ 1,5 bilhão
Em setembro de 1999, a Microsoft comprou 100% das ações da Visio Corp, que atuava na área de desenho técnico e software de diagramação. As soluções foram incorporadas aos negócios de produtividade da empresa.
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8. Navision
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8/12 (Ilustração: Maurício Pierro)
Valor do Negócio: US$ 1,4 bilhão
A empresa de gestão das relações dos clientes Navision foi comprada em 2002 e depois integrada Microsoft Business Solutions. Mais tarde a solução passou a ser ofertada como parte do Microsoft Dynamics, destinada aos clientes corporativos que queriam fazer gestão de todo fluxo de atividades empresariais.
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9. Yammer
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9/12 (Reprodução)
Valor do Negócio: US$ 1,2 bilhão
A compra da Yammer, conhecida por criar redes sociais dentro de empresas, reforçou a iniciativa da Microsoft em proteger seus produtos Office da concorrência com o Google.
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10. Great Plains
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10/12 (96dpi via Flickr)
Valor do Negócio: US$ 1,1 bilhão
Nos anos 2000, a Microsoft comprou a Great Plains, que atuava no mercado de criação de aplicativos para pequenas e médias empresas. Com a aquisição, a companhia criou a área que desenvolve software para o mercado corporativo, hoje uma de suas principais apostas.
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11. Comcast
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11/12 (Brendan McDermid / Reuters)
Valor do Negócio: US$ 1 bilhão Em meados de 1997, a Microsoft comprou parte das operações da Comcast, uma das maiores operadoras de TV a cabo dos Estados Unidos, por 1 bilhão de dólares. Na ocasião, metade do valor foi investida em ações da própria Comcast e a outra metade, em um novo negócio da companhia, batizado de Comcast Series B Convertible Preferred Stock.
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12. Veja também:
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12/12 (David Paul Morris/Bloomberg)