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Comprar um imóvel ainda é um pesadelo. Essa startup levantou R$ 2,5 milhões para mudar isso

Fundada por mulheres, a Quill é uma startup que quer simplificar as transações imobiliárias usando inteligência artificial

Letícia Parreira e Clarissa Vieira, da Quill:

Letícia Parreira e Clarissa Vieira, da Quill:

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 7 de março de 2025 às 07h00.

Última atualização em 7 de março de 2025 às 11h27.

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Comprar ou vender um imóvel no Brasil é sinônimo de papelada. São dezenas de documentos, idas e vindas ao cartório, burocracias intermináveis e, muitas vezes, problemas que só aparecem depois do negócio fechado. Não é à toa que mais da metade dos imóveis no país tem algum tipo de irregularidade. Para bancos e financiadoras, isso significa risco e, em muitos casos, dinheiro perdido.

Foi nesse cenário que surgiu a Quill, uma startup que quer simplificar as transações imobiliárias usando inteligência artificial. A empresa criou uma ferramenta que automatiza a coleta e análise de documentos e ainda calcula um score de risco para cada imóvel.

A ideia surgiu da experiência direta de suas fundadoras com o mercado imobiliário. Clarissa Vieira já tinha empreendido antes e conhecia bem os desafios do setor. A ideia para a Quill veio quando percebeu que perder clientes devido à burocracia era um problema recorrente.

Letícia Parreira, por outro lado, sempre teve o desejo de empreender e enxergou na tecnologia uma forma de transformar esse mercado. As duas se conheceram em um programa de empreendedorismo e uniram forças para criar a startup.

Mulheres no topo

A plataforma da Quill chamou a atenção do Sororitê Ventures, fundo de venture capital focado em startups lideradas por mulheres, que decidiu investir R$ 2,5 milhões na Quill com outros investidores.

À frente do fundo estão Erica Fridman e Jaana Goeggel, duas executivas com trajetória de peso no mercado de venture capital. É o primeiro investimento do Sororitê Fund 1, que tem R$ 25 milhões para apoiar startups em estágio inicial.

Jaana Goeggel e Erica Fridman, cofundadoras da Sororitê: fundo de venture capital aposta em startups de estágio inicial (Luciano Alves)

O dinheiro será usado para aprimorar a tecnologia da "calculadora de risco" e ajudar a startup a atingir o breakeven até o fim de 2025. A Quill também pretende expandir sua equipe em até 60% ao longo do ano, mas o foco é crescer com calma, garantindo que o produto seja cada vez mais robusto e confiável.

Como a Quill funciona?

  • A plataforma automatiza toda a parte chata da análise documental;
  • Em vez de checar manualmente se um imóvel tem problemas jurídicos, a ferramenta faz isso sozinha, reunindo documentos e identificando riscos;
  • Com isso, bancos, imobiliárias e fundos de investimento conseguem tomar decisões mais rápidas e seguras.

O diferencial da startup é que cada cliente pode personalizar os critérios da análise. Um banco, por exemplo, pode definir quais riscos está disposto a aceitar antes de liberar um financiamento. Tudo isso de forma automática, sem depender de uma equipe enorme para revisar documentos.

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