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O que é a Krispy Kreme, famosa rede de fast-food dos EUA que chega ao Brasil

Marca tem mais de 2.000 lojas pelo mundo, mas ainda não tinha dado as caras por aqui

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 14 de março de 2025 às 13h38.

Prepare-se, São Paulo: a Krispy Kreme está chegando. A famosa rede americana de donuts — aquela dos donuts glaceados brilhantes — finalmente vai desembarcar no Brasil. A primeira loja já está sendo construída na Avenido Juscelino Kubitschek, perto da Faria Lima, num dos principais polos econômicos da cidade.

A marca é gigante lá fora, com mais de 2.000 lojas pelo mundo, mas ainda não tinha dado as caras por aqui.

Agora, a empresa aposta no apetite dos brasileiros por doces para conquistar espaço em um mercado já dominado por gigantes como Starbucks e Dunkin’.

A estratégia começa por São Paulo, numa região com muito fluxo de pessoas.

De um buraco na parede para o mundo

A Krispy Kreme nasceu em 1937, na Carolina do Norte, quando Vernon Rudolph comprou uma receita secreta de donuts de um chef de Nova Orleans.

Ele começou vendendo para mercearias, mas a demanda do público era tanta que ele abriu um buraco na parede da loja para vender direto aos clientes.

Desde o início, o Original Glazed — aquele donut glaceado clássico — era o carro-chefe. A rede cresceu, padronizou a produção e se tornou uma marca nacional nos Estados Unidos.

Nos anos 2000, a empresa abriu capital na bolsa, mas enfrentou dificuldades financeiras. Em 2016, foi comprada pela JAB Holding Company por 1,35 bilhão de dólares e voltou a acelerar sua expansão global.

Qual é o tamanho da Krispy Kreme hoje

A marca está em mais de 40 países, com cerca de 2.000 lojas físicas e 15.500 pontos de venda em supermercados e plataformas de delivery.

Nos Estados Unidos, são 351 lojas, com a Califórnia, Flórida e Geórgia liderando em número de unidades. Fora dos EUA, mercados como Reino Unido, Japão, Canadá e México têm forte presença da marca.

Em 2024, a Krispy Kreme faturou 1,66 bilhão de dólares. Enquanto as vendas nos EUA caíram levemente, os mercados internacionais cresceram, especialmente no Canadá e no Japão.

O que esperar no Brasil

O Brasil tem um mercado de fast-food competitivo, com marcas já consolidadas no segmento de café e doces. A Krispy Kreme aposta na força da sua marca e na experiência dos donuts fresquinhos para atrair o público.

Por outro lado, a crise da SouthRock, responsável pelo Starbucks no Brasil, acendeu uma dúvida sobre a real capacidade de expansão de marcas internacionais no mercado brasileiro.

Além disso, a sua principal concorrente direta, a Dunkin Donuts, ficou 10 anos fora do Brasil, entre 2005 e 2015, por uma estratégia de revisão na estrutura de crescimento.

Há ver como os donuts glaceados vão brilhar por aqui.

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