Em janeiro, a
Mercedes-Benz demitiu 260 funcionários em São Bernardo do Campo (SP) - 160 por iniciativa da empresa e 100 que haviam aderido a um PDV aberto em 2014.
A decisão provocou manifestações e paralisação da produção por um dia na fábrica local. Em abril, em protesto contra a demissão de outros 500 funcionários (de um grupo de 715 que estavam em lay-off), os trabalhadores da mesma planta
ficaram em greve do dia 22 ao dia 27. Pressionada, a montadora cancelou as demissões e abriu um novo PDV, que foi aderido por 192 dos
500 operários desligados, segundo o sindicato que representa a categoria. Porém, a negociação não avançou muito e, em maio, a empresa resolveu
fazer valer as demissões que haviam sido revogadas. Então, os cerca de 300 trabalhadores que não tinham optado pelo PDV
ficaram acampados em frente à fábrica por 26 dias. O sindicato ainda tenta reverter a decisão, mas, por enquanto, esse grupo continua demitido da companhia. Além disso, de 1º a 15 de junho, toda a fábrica local
entrou em férias coletivas. Em nota, a Mercedes informou que "diante de forte queda nas vendas de veículos comercias no mercado brasileiro, tem adotado, há mais de um ano, diversas medidas para tentar gerenciar o excedente de pessoal em sua fábrica de São Bernardo do Campo - que hoje é de cerca de 2 mil pessoas (1750 dentro da Empresa e 250 em Lay-off)". A empresa também disse que "já adotou lay-off, disponibilizou várias oportunidades de Programas de Demissão Voluntária (PDV), semanas curtas, folgas, férias coletivas, licenças remuneradas, entre outras medidas".