Eike Batista: exemplo de como uma boa mãe contribui para o sucesso dos filhos (Oscar Cabral/Veja)
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2012 às 06h00.
São Paulo – É inegável a importância das mães na vida de todos. Da psicanálise à literatura, os maiores pensadores do mundo não se cansam de apontar que a relação de alguém com aquela que lhe gerou marca para sempre a sua personalidade – e pode determinar boa parte de seu sucesso ou fracasso.
Com os grandes homens e mulheres de negócio, não é diferente. A história de alguns deles mostra como suas mães foram decisivas para lhes despertar o espírito empreendedor e a autoconfiança necessários para qualquer empreitada.
Veja, a seguir, as lições que cinco craques dos negócios trazem, até hoje, de suas mães:
Eike Batista: disciplina para jamais desistir
Eike Batista, o oitavo homem mais rico do mundo, não se cansa de repetir quanto sua mãe, Jutta, contribuiu para seu caráter. Em sua biografia, O X da Questão, Eike afirma: “minha mãe enxergava no mundo um lugar muito bom de viver, mas palco também de uma prova de resistência que precisava ser vencida com tenacidade ferrenha e obstinação que jamais fariam desistir ao primeiro obstáculo.”
Eike, por exemplo, sofria de asma na infância. É claro que havia vários métodos para tratar a doença, mas sua mãe optou por uma bastante simbólica: matriculou-o na natação. Em vez de remédios, os treinos frequentes também aumentaram seu senso de disciplina.
Richard Branson: não seja tímido
O bilionário inglês Richard Branson, fundador do Grupo Virgin, conquistou fama mundial de excêntrico e descolado. Poucos sabem, porém, que Richard era um verdadeiro bicho-do-mato, quando pequeno. Extremamente tímido, preferia isolar-se no quintal cavocando pedras a brincar com outras crianças ou se relacionar com adultos.
Sua mãe, Eve, sabia que isto poderia ser fatal para o futuro de seu rebento. Um dia, tomou uma atitude radical. Voltando das compras, parou o carro a uns cinco quilômetros de casa e obrigou Richard a descer. “Você vai andar até em casa e, para achar o caminho, terá de perguntar às pessoas”, ordenou. O menino, então com sete anos, levou dez horas para chegar – o que deixou sua mãe à beira de um ataque. Mas quem duvida de que a lição deu certo?
Luiza Helena Trajano: por que pensar pequeno?
Luiza Helena Trajano, responsável por transformar a loja fundada por sua tia em uma das maiores varejistas do país – o Magazine Luiza -, é outra empresária que guarda bons conselhos de sua mãe.
No seu caso, a maior lição foi nunca se acomodar e pensar pequeno. Nunca dizer que não é possível. Segundo ela, sua mãe lhe ensinou, desde cedo, a batalhar pelo que queria. Um exemplo era o seu gosto, quando criança, de presentear todo mundo. Em vez de lhe dar o dinheiro para comprar as lembranças, sua mãe a incentivou a trabalhar e comprá-las por seus próprios meios.
Maria Regina Yazbek: trabalhar duro vale a pena
Maria Regina Yazbek enfrentou todos os problemas que poderia: herdeira da empresa de logística Movicarga, teve de assumir o seu comando aos 23 anos. Em um setor dominado por homens, Regina precisou trabalhar dobrado para impor-se.
E sua inspiração vem de sua mãe, Sohad. Quando a empresa foi fundada, em 1973, sua mãe atendia as ligações dos clientes enquanto cuidava dos filhos e preparava a refeição. Trabalhar duro pelo que se acredita foi a sua lição. “Cresci vendo isso”, afirmou Regina, certa vez.
Anita Roddick: seja diferente
“O que quer faça, seja diferente.” Este foi o melhor conselho que Anita Roddick, fundadora da Body Shop, recebeu de sua mãe. “Não posso pensar em um conselho melhor para um empreendedor: se você é diferente, permanecerá.”
A lição contribuiu para que Anita construísse uma das marcas de cosméticos mais famosas do mundo. Fundada nos anos 70 na Inglaterra, a Body Shop foi vendida à L’Oreal em 2006.