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O plano de expansão da Maestro, a gestora de frotas que avalia fazer IPO

Empresa quer crescer através de aquisições de companhias com até 2.000 veículos e foca em contratos corporativos, uma vantagem em meio à pandemia

Frota de carros: gestora de frotas Maestro estuda abrir capital (Getty Images/Getty Images)

Frota de carros: gestora de frotas Maestro estuda abrir capital (Getty Images/Getty Images)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 2 de julho de 2020 às 12h35.

Última atualização em 2 de julho de 2020 às 12h48.

A empresa de terceirização e gestão de frotas Maestro divulgou ontem ao mercado que estuda realizar uma oferta inicial de ações, (IPO, na sigla em inglês). A companhia concorre com empresas como Localiza e Movida, de aluguel de carros, mas também com JSL, focada em veículos pesados.

A estratégia da empresa para os próximos anos é buscar noportunidades de fusões e aquisições para continuar a crescer. Em 2018, a Maestro comprou a Locarcity, uma locadora de Minas Gerais.

O foco das novas aquisições está nas empresas com o mesmo perfil da Maestro, e que tenham entre 500 e 2.000 carros na frota. “Acreditamos que o aumento na competição e o porte dos maiores players do setor levem a uma menor competição em M&A por empresas deste porte, porém maior competição no crescimento orgânico”, disse o presidente da empresa, Fabio Lewkowicz, em comunicado a investidores.

No ano passado, a Mastro abriu uma loja de varejo em Belo Horizonte, para venda de seminovos. Também ampliou seu segmento de veículos pesados, que respondeu por 14% do faturamento em 2019 e é um foco importante para a companhia.

A aquisição em 2018 e os novos contratos em veículo pesados geraram crescimento de 53% na receita de locação, que foi de 47,2 milhões de reais em 2018 para 72,3 milhões de reais em 2019.

No final de 2019, a empresa tinha 4.142 veículos distribuídos em mais de 300 clientes pelo país.

Depois de alugados para os clientes, os veículos da empresa são destinados para venda através de uma rede com mais de 1.000 lojistas. Segundo a empresa, esse modelo de parceria permite “fazer uma desativação rápida e eficiente, com baixa estrutura fixa”.

A empresa foi criada em 2007 para atuar no segmento de locação de veículos e se especializou em gerência e terceirização de frotas, oferecendo otimização de processos.

Desde 2011, a companhia tem como um dos principais acionistas o fundo de private equity Stratuss. Em 2015, a Maestro foi listada no segmento Bovespa Mais, que permite o acesso gradual ao mercado e dá até 7 anos para a realização do IPO.

Crise da covid

Assim como outras empresas do setor, a Maestro deve sentir os efeitos da crise causada pelo novo coronavírus. O impacto deve aparecer principalmente no segundo trimestre.

No entanto, a companhia afirma que sua carteira é composta por contrato de longa duração, com prazos entre 12 e 60 meses e clientes de atuação econômica diversificada. Isso deve proteger a companhia no segmento de alugueis. A venda de seminovos deve ser afetada com mais força.

“A composição desta carteira, embora não diretamente afetada pelos efeitos de quarentena (como no aluguel de carros), pode eventualmente sofrer ao longo dos próximos meses alongamento no seu perfil de pagamentos de clientes por sua vez também afetados pelos efeitos de isolamento e retração de atividade”, disse a companhia em relatório sobre resultados do primeiro trimestre de 2020.

A Maestro encerrou o primeiro trimestre de 2020 com receita de 29 milhões de reais e lucro de 240 mil reais. Em 2019, a receita foi de 114 milhões de reais, sendo que 72 milhões vieram da locação de veículos. O lucro do ano passado foi de 916 mil reais.

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