Mary Barra: a GM, liderada pela executiva, é 7ª maior do planeta (Jim Watson/AFP)
Luísa Melo
Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 16h00.
São Paulo - Entre as 500 maiores empresas do mundo, listadas pela Fortune este ano, 24 são presididas por mulheres. Esse é o maior índice da história. Há 16 anos, segundo dados da revista, apenas uma delas não era comandada por homens.
Se o recorte for ampliado para as mil maiores companhias, o índice de mulheres no cargo máximo mais do que dobra: são 51. Apesar de representar apenas 5% do total, as empresas dirigidas por elas geram 7% da receita total das organizações, somadas.
Com uma receita de 155 bilhões de dólares no ano passado, a GM, liderada por Mary Barra, ocupa sozinha a 7ª posição entre as gigantes.
Os setores que mais têm executivas no topo da hierarquia são varejo (9 empresas), alimentos (7) e gás e eletricidade (5).
Resultados
De acordo com dados da Fortune, as companhias dirigidas por mulheres apresentam, inclusive, performance muito superior às que compõem o índice S&P 500, um dos mais importantes das bolsas norte-americanas.
A média de retorno gerado por essas empresas foi de 103,4 % durante o tempo em que as mulheres estiveram no comando. O S&P 500 apresentou uma taxa de retorno média de 69,5% para o mesmo período.
Apesar dos bons resultados, ainda é pequena a porcentagens de mulheres que são presidentes e, ao mesmo tempo, presidentes do conselho de administração das organizações. A fatia é de 31%.
Como elas chegaram lá
A maioria (82%) das presidentes chegaram ao posto por meio de recrutamento interno e apenas 39% possuem MBA. Grande parte delas (9) são graduadas em engenharia, 7 são economistas, 5 são contadoras, 5 administradoras e 4 psicológas.
Perfil
O levantamento mostrou também que, além das responsabilidades e dos estudos, as presidentes das maiores empresas têm aspectos pessoais em comum. Quase todas elas (93%) são casadas e 84% são mães.