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O novo plano da Petrobras

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, esperou quatro meses para chegar ao dia de hoje, quando anuncia o plano que vai ditar os rumos da empresa nos próximos cinco anos. A missão é conhecida até pelos caminhões tanque: apresentar um projeto realista, que recupere a credibilidade da estatal e ajude a atrair investimentos para o […]

PETROBRAS: funcionários responsáveis pela Bacia de Campos ameaçam cruzar os braços a partir de hoje  / Germano Lüders

PETROBRAS: funcionários responsáveis pela Bacia de Campos ameaçam cruzar os braços a partir de hoje / Germano Lüders

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 20h49.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, esperou quatro meses para chegar ao dia de hoje, quando anuncia o plano que vai ditar os rumos da empresa nos próximos cinco anos. A missão é conhecida até pelos caminhões tanque: apresentar um projeto realista, que recupere a credibilidade da estatal e ajude a atrair investimentos para o país. O maior desafio é conseguir reduzir a dívida de 108,9 bilhões de dólares.

De acordo com prévia do plano apresentada pela agência de notícias Reuters, a Petrobras poderá reduzir os investimentos em 21% até 2021, chegando a 77,5 bilhões de dólares no período. A gestão anterior, de Aldemir Bendine, previa que seria mantida uma média de 2,7 milhões barris de petróleo por dia. Agora, é possível que essa média caia para 2,2 milhões de barris. “A empresa está quebrada. Adiar projetos e reduzir a meta de produção é de fato fundamental”, afirma o economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.

O plano de desinvestimentos, que prevê a venda de ativos da estatal e foi iniciado por Bendine, segue firme e forte. Para este ano, deve ser mantida a meta de vender 15 bilhões de dólares. Mesmo que consiga atrair os investidores, a plano pode não ser suficiente para tirar a empresa das cordas. Investidores esperam que a empresa apresente uma nova política de preços de combustíveis, hoje fixados pelo governos.

O cenário internacional, com o preço do barril de petróleo na casa dos 45 dólares, é um desafio para viabilizar projetos do pré-sal, de extração mais cara. Campos de exploração mais baratos, com extração em terra, devem ser priorizados. Outra dificuldade para controlar os custos é bem conhecida, e está dentro de casa. Os sindicatos dos trabalhadores acreditam que a Petrobras está ameaçada, e não aceitam nem ouvir falar em novos pacotes trabalhistas em estudo pela estatal, com redução de jornada e de salário. O plano a ser apresentado hoje ajudará a dar um norte. Os problemas vão continuar.

 

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