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O Magazine Luiza continuará surpreendendo?

Nos últimos 12 meses, o valor de mercado do Magazine Luiza cresceu 170%, para 25 bilhões de reais

Magazine Luiza: ações da varejista subiram 170% nos últimos 12 meses (Germano Lüders/Reuters)

Magazine Luiza: ações da varejista subiram 170% nos últimos 12 meses (Germano Lüders/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 07h03.

Última atualização em 6 de agosto de 2018 às 08h05.

A varejista Magazine Luiza, uma das estrelas da bolsa brasileira, anuncia seus resultados para o segundo trimestre após o fechamento do mercado nesta segunda-feira. Segundo relatório da XP Investimentos, a companhia deve anunciar receitas de 3,2 bilhões de reais no trimestre, 19% a mais que os 2,7 bilhões do mesmo período de 2017, mas 11% a menos que no primeiro trimestre de 2018. Assim como aconteceu com outros varejistas, o resultado deve ter impacto negativo da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo.

Nos últimos 12 meses o valor de mercado do Magazine Luiza cresceu 170%, para 25 bilhões de reais. Uma das fortalezas da empresa nessa escalada foi surpreender seus investidores com resultados acima do esperado trimestre após trimestre. Um dos desafios, impostos pelo novo patamar dos papeis, é mostrar que a companhia é tão eficiente e inovadora quanto o mercado passou a acreditar.

O varejo de móveis e eletrodomésticos vive um período de transformação no Brasil. Na sexta-feira EXAME informou que uma das grandes empresas do setor, a Máquina de Vendas, dona da Ricardo Eletro, entrará em recuperação extrajudicial e deve ganhar um novo dono. No final de julho a revista VEJA revelou que aumentaram as chances de o Magazine Luiza comprar outra grande varejista, a Via Varejo, dona de Casas Bahia e Ponto Frio. A americana Amazon e a chinesa Tencent também estariam de olho na Via Varejo.

Todos correm para ganhar escala num mercado que depende cada vez mais das vendas online, que no Brasil ainda respondem por menos de 10% do mercado, enquanto em países como a China já chegam a 25% do total. Na internet, as fronteiras se misturam, com produtos dos varejistas sendo ofertados junto com itens de milhares de outros vendedores. Ano passado, depois de uma longa dominação da B2W, dona da Americanas.com, o marketplace Mercado Livre assumiu a liderança no e-commerce brasileiro, marcando essa nova era.

O Magazine Luiza tem vantagens competitivas. Das redes tradicionais, é a que mais conseguiu integrar online e offline. Seus 800 pontos de venda pelo país funcionam como centros de distribuição para as vendas feitas também pela internet. O problema é que essa inovação inspirou a concorrência. Integração de canais é o novo mantra do varejo. Como ir além é um resposta que o Magazine Luiza pode dar na conferência com investidores, marcada para amanhã.

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