Howard Schultz, fundador da Starbucks: rotina começa antes do nascer do sol, mas não com reuniões ou ligações — e sim com um passeio com seus cachorros. (Starbucks/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 26 de julho de 2025 às 09h49.
A rotina de Howard Schultz, fundador da Starbucks, começa antes do nascer do sol, mas não com reuniões ou ligações — e sim com um passeio com seus cachorros.
Fundador e ex-CEO da Starbucks, Schultz, hoje com 72 anos, criou a rede de cafeterias mais conhecida do mundo mantendo um ritmo de vida disciplinado, metódico e, ao mesmo tempo, simples.
Schultz é obcecado por criar uma conexão real com o tempo e com as pessoas. Ele acorda por volta das 4h30, faz exercícios, caminha com os cachorros e prepara o próprio café para a esposa antes de sair para o trabalho. Segundo ele, essa rotina cria um “alinhamento mental” entre vida pessoal e profissional — e esse equilíbrio está no centro da cultura que ele construiu na Starbucks, uma empresa que hoje vale cerca de 36 bilhões de dólares.
Para o futuro, Schultz continua envolvido em causas sociais e em mentorias com jovens empreendedores por meio da Schultz Family Foundation, sua fundação voltada à educação e ao combate à desigualdade nos Estados Unidos. Ele também continua investindo em startups e conselhos corporativos, mas diz que seu papel atual é mais o de conselheiro do que de operador.
A primeira decisão do dia de Schultz é acordar entre 4h30 e 5h. Depois, ele parte para uma sequência que raramente é quebrada: academia às 5h30, caminhada com os cachorros, café feito em casa e um café da manhã leve. A alimentação costuma incluir smoothies ou aveia com frutas e castanhas.
Ele mesmo prepara o café para sua esposa antes de sair de casa — uma rotina que virou símbolo de sua ligação pessoal com a marca que criou.Ainda antes das 7h30, já está no escritório. Costuma começar com reuniões com os times executivos e se mantém envolvido em temas como estratégia, inovação de produtos e experiência do cliente. A prioridade, segundo ele, é manter a cultura da empresa forte, o que exige proximidade com as equipes — Schultz frequentemente visita lojas da Starbucks para ouvir funcionários e consumidores diretamente.
Schultz defende que CEOs não devem se esconder atrás de cargos ou relatórios.
Seu estilo de liderança se apoia em presença física e contato direto com funcionários de todos os níveis. “Se o líder não aparece, a cultura enfraquece”, diz. Ele chama os funcionários de “partners” e construiu uma política interna voltada à valorização de pessoas, com ações como plano de saúde para funcionários de meio período e acesso gratuito à universidade.
Ao longo do dia, Schultz intercala reuniões estratégicas com momentos de leitura e pausa. Ele lê relatórios, livros e notícias de negócios para se manter informado e, ao mesmo tempo, concentrado. Por volta do almoço, faz refeições leves — saladas, peixes ou vegetais. À tarde, dedica tempo à inovação e à mentoria de lideranças mais jovens.
Um de seus rituais menos divulgados, mas constantes, é a prática de mindfulness — ele acredita que o tempo de silêncio e atenção plena ajuda a tomar decisões melhores.À noite, a tecnologia fica em segundo plano. Schultz prioriza jantares com a família, leitura de livros de negócios e reflexão sobre o dia. Ele dorme entre 7 e 8 horas por noite e considera o descanso “parte do trabalho” de um líder.
Aos finais de semana, evita reuniões e tenta se desconectar do universo corporativo, um hábito que reforça também para os times que lidera.