Brian Cornell, CEO da Target, em encontro de líderes dos negócios com Trump (Andrew Harrer/Bloomberg)
Karin Salomão
Publicado em 3 de dezembro de 2017 às 08h00.
Última atualização em 3 de dezembro de 2017 às 09h46.
São Paulo – Varejistas estão sempre buscando maneiras de trazer inovação para suas lojas. De aplicativos que informem mais sobre cada produto ao fim dos caixas e das filas, as empresas testam soluções para criar a loja do futuro.
Aparentemente na contramão dessa tendência, o presidente da Target, Brian Cornell, afirmou que algumas inovações, como robôs ou realidade virtual, são “pequenos experimentos legais, mas que distraem a organização”.
O CEO da varejista falou na conferência Ignition, do Business Insider. Cornell é CEO da companhia desde 2014.
Ele explicou que “experimentação é interessante, mas se você não consegue escalar, se não consegue fazer o mesmo 1.800 vezes, não adiciona muito valor para a empresa”. Ou seja, se a ideia não pode ser aplicada a todas as lojas – são 1.800 só nos Estados Unidos – o presidente não está interessado.
A observação foi uma crítica indireta à Loja do Futuro do Walmart, inaugurada em outubro, informa o Business Insider.
Para a Target, que vende de comidas a itens para casa e roupas, as lojas físicas são muito importantes para a companhia e até impulsionam as vendas digitais.
De acordo com Cornell, mais de metade das vendas pela internet são impulsionadas pelas lojas físicas, seja porque os consumidores viram e experimentaram os itens nas lojas antes de comprar online, seja porque escolhem retirar a compra diretamente no ponto de venda.