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O ano começou solar no centro de inovação cervejeira da Ambev no Rio

Fábrica no Parque Tecnológico da UFRJ, inaugurada em agosto de 2018, agora opera com energia renovável. É de lá que saem novas receitas da bebida queridinha

Pesquisa: Centro de Inovação e Tecnologia da Ambev no Parque Tecnológico da UFRJ. (CIT AMBEV/Divulgação)

Pesquisa: Centro de Inovação e Tecnologia da Ambev no Parque Tecnológico da UFRJ. (CIT AMBEV/Divulgação)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 1 de março de 2019 às 07h22.

São Paulo – O ano começou solar na Ambev. A maior fabricante de cerveja e refrigerantes da América Latina concluiu a instalação de mais de duas mil placas solares sobre o telhado do seu Centro de Inovação e Tecnologia Cervejeira (CIT), no Rio de Janeiro.

A empresa investiu R$ 2,5 milhões no projeto, que pode produzir o suficiente para abastecer 100% das operações da unidade, durante o período do dia com maior incidência de sol. Uma investida que vai ao encontro do compromisso da cervejaria de ter 100% da eletricidade comprada proveniente de fontes renováveis até 2025.

“Em 2018, já havíamos anunciado outras iniciativas que contribuem com esse objetivo, como a construção de uma usina solar em Minas Gerais, que abastecerá integralmente as operações dos nossos 13 Centros de Distribuição Direta no estado, além do uso de caminhões elétricos em 35% da nossa frota parceira”, diz ao site EXAME o diretor do CIT e mestre-cervejeiro, Daniel Baumann. 

Inaugurado em agosto de 2018 em um espaço de 15 mil metros quadrados no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com investimentos da ordem de R$ 180 milhões, o Centro de Inovação Cervejeira tem como missão desenvolver novas cervejas, receitas, embalagens e outras bebidas. Cerca de 80 pessoas, incluindo mais de 10 mestres-cervejeiros, pensam diariamente qual será a próxima cerveja a ser lançada no mercado brasileiro.

"Todos os meses, no mínimo, realizamos 40 sessões de degustação, nas quais são analisados estilos, sabores e aromas de potenciais novas cervejas. Todas essas etapas permitem que ao menos oito inovações, envolvendo cervejas, embalagens, rótulos e outras bebidas, como sucos e refrigerantes, por exemplo, sejam criadas a cada 30 dias", conta Baumann.

Entre os seis centros de inovação e tecnologia que a AB InBev possui no mundo, este no Rio é o mais moderno além de ser o primeiro abastecido por energia renovável, segundo ele.

Dali, saem novas criações, como a Skol Hops, uma cerveja com quatro lúpulos aromáticos, premiada no World Beer Awards 2018 como a melhor nacional na categoria Hop Pilsner, e a Skol Puro Malte, feita com 100% de malte de cevada (assim como a Skol Hops).

Cervejas puro malte, premium e, claro, mais caras fazem todo o sentido no contexto atual do mundo cervejeiro, onde inovação virou sinônimo de novos mercados em meio à multiplicação de cervejarias artesanais.

Em 2018, a Ambev registrou lucro líquido de R$ 11,377 bilhões, uma alta de 44,9% ante os R$ 7,850 bilhões de 2017. A fabricante compensou uma queda de 3,1% no volume de vendas de cervejas no ano passado com seus produtos premium, o que sustentou o crescimento da receita.

 

 

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