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"Nunca foi tão seguro e barato viajar para Dubai", diz presidente de aérea

Com seguro viagem e teste para coronavírus de graça, a maior companhia aérea dos Emirados Árabes quer atrair turistas brasileiros

Emirates Airlines: A aérea também passou a oferecer, globalmente, um seguro viagem (Wikicommons/Wikimedia Commons)

Emirates Airlines: A aérea também passou a oferecer, globalmente, um seguro viagem (Wikicommons/Wikimedia Commons)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 21 de setembro de 2020 às 13h15.

Dubai, capital de um dos emirados dos Emirados Árabes Unidos, é o maior hub da maior companhia aérea do país, a Emirates. Agora, a aérea trabalha para que a cidade também seja vista como um destino turístico atraente para os viajantes brasileiros. Hotéis, atrações e restaurantes estão mais acessíveis e com intensos protocolos de segurança, segundo o diretor geral para o Brasil da aérea, Stephane Perard. "Nunca foi tão seguro e barato viajar para Dubai", afirma.

A cidade recebia, antes da pandemia, cerca de 15 milhões de turistas por ano. Hoje esse número está muito reduzido, o que pode ser um atrativo para os turistas que buscam mais segurança. "É uma cidade que pode ser muito bem aproveitada pelos turistas, mesmo com as regras de distanciamento e uso de máscara", diz o executivo.

Grande parte dos turistas brasileiros passam por Dubai em uma conexão para outros destinos, como China, Tailândia e Maldivas - países hoje fechados para viajantes brasileiros. A China também era importante destino de negócio para os passageiros da Emirates e as viagens corporativas devem ser as últimas a retomar a frequência anterior à pandemia. Por isso para a Emirates é essencial desenvolver Dubai como destino final para as férias.

Os aviões da Emirates foram equipados com um filtro que elimina vírus e é necessário fazer um teste para a covid-19 para poder entrar no país. Para facilitar ainda mais as viagens ao Oriente Médio, a Emirates começou a oferecer o teste PCR de graça para os viajantes brasileiros - é o primeiro país a receber essa ação. "É uma ação importante para desmistificar o receio que o contexto em que estamos pode criar", diz Perard. "Queremos incentivar o brasileiro a arriscar um pouco mais e comprar um pacote para a Páscoa de 2021, por exemplo."

A aérea também passou a oferecer, globalmente, um seguro viagem e vai pagar todo o tratamento caso algum de seus viajantes contraia a covid-19. A empresa pode desembolsar até 150 mil euros (cerca de 900 mil reais) para cobrir todos os gastos médicos do passageiro. Se o viajante precisar ser colocado em quarentena em seu destino por causa da doença, a companhia pagará até 100 euros (600 reais) por dia. Há, ainda, um valor de 1.500 euros (9.000 reais) para o funeral, caso seja necessário.

Malha reduzida

A empresa, que deixou de voar para o Brasil em março com o fechamento das fronteiras dos Emirados Árabes, retomou dois voos por semana em agosto. Depois de um período de testes, aumentou a frequência para três voos por semana. A frequência é importante porque o país é um dos principais hubs de conexão da aérea na América Latina.

A malha ainda é muito menor do que no período anterior ao covid-19, mas é adequada para a demanda, acredita o presidente. Antes da pandemia, a Emirates voava com o maior avião de passageiros do mundo para o Brasil, o A380. Há 115 aeronaves desse modelo na frota da companhia aérea, alguns com suítes privativas e chuveiros para a primeira classe. Por enquanto os voos para a região estão sendo feitos com aeronaves Boeing 777 - são 155 aeronaves desse modelo na frota da companhia. De acordo com o executivo, a volta da maior aeronave do mundo para o Brasil depende da demanda.

Durante a pandemia, seu principal negócio foi a SkyCargo, subsidiária de transporte de cargas. Nos meses de maio e junho, a Emirates SkyCargo operou em média mais de 3.800 voos por mês, com a aeronave voando para mais de 100 destinos. Além das 110 aeronaves dedicadas para esse fim, a empresa removeu os assentos da divisão econômica de 10 aviões para o transporte de cargas leves.

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