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Número de usuários do Twitter fica estagnado no 2º trimestre

Os números geraram pânico entre os investidores, fazendo as ações da empresa caírem 13% na bolsa de Nova York

Twitter: há 12% mais usuários acessando a rede social todos os dias (Michael Nagle/Bloomberg/Bloomberg)

Twitter: há 12% mais usuários acessando a rede social todos os dias (Michael Nagle/Bloomberg/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 16h16.

São Paulo - O Twitter anunciou na semana passada que não teve crescimento de usuários entre os meses de abril e junho de 2017, permanecendo com 328 milhões de contas ativas mensalmente, o mesmo número de contas que tinha no final de março.

Os números foram divulgados pela empresa em seus resultados financeiros do 2º trimestre de 2017 - e geraram pânico entre os investidores, fazendo as ações da empresa caírem 13% na bolsa de Nova York.

Segundo o Twitter, há 12% mais usuários acessando a rede social todos os dias, na comparação com o mesmo período do ano passado - a empresa, no entanto, se negou a fornecer um número de usuários ativos diariamente na plataforma, segundo a agência Bloomberg.

"Estamos melhorando nessa execução, o que nos dá confiança para que o produto seja mais usado todos os dias", disse o presidente executivo do Twitter, Jack Dorsey, em uma carta aos acionistas da empresa, tentando tranquilizá-los sobre os resultados.

Hoje, o Twitter precisa crescer para conseguir aumentar suas vendas de publicidade e seu alcance entre usuários - algo que não tem sido apresentado nos últimos trimestres.

Nos últimos dois anos, a empresa ganhou apenas 24 milhões de usuários, perdendo relevância e espaço para rivais como o Instagram.

A vitória de Donald Trump, um ativo usuário da plataforma, para a presidência do Twitter, impulsionou crescimento recente no país, mas essa tendência se reverteu neste trimestre, com a perda de 2 milhões de usuários norte-americanos.

"Se você não consegue aumentar o interesse de usuários mensais nem com a participação do presidente na plataforma, não sei o que poderá te ajudar", disse Michael Nathanson, analista de pesquisas da consultoria MoffettNathanson Research, à agência de notícias Reuters.

Finanças

No lado financeiro, a empresa teve prejuízo de US$ 55 milhões, impulsionado pela queda de receitas de 4,7%. Ao todo, a empresa faturou US$ 573,9 milhões no período entre abril e junho de 2017.

Em uma carta aos investidores, a empresa disse que não espera que seu crescimento de receita melhore até o final de 2017. No entanto, a empresa espera ganhar espaço com sua área de licenciamento de dados em 2018.

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