Recuperação judicial: no final do ano, a Southrock, controladora da Starbucks, entrou para a lista. (Starbucks/Divulgação)
Redatora
Publicado em 5 de fevereiro de 2024 às 09h38.
O número de pedidos de recuperação judicial atingiu 1.405 empresas no ano passado, uma alta de 70% em relação a 2022 e o quarto maior índice desde o início da série histórica, medida pela Serasa Experian desde 2005. As informações são do jornal Valor Econômico.
Ano passado, 135 grandes companhias e 939 micro e pequenas empresas recorreram ao processo. Ao todo, 4045 empresas terminaram o ano em recuperação, de acordo com o Monitor RGF de Recuperação Judicial, da consultoria RGF & Associados. Segundo os dados, os setores de cultivo de cana-de-açúcar, construção de rodovias e ferrovias e laticínios concentram a maioria dos pedidos.
Apesar da maioria dos pedidos serem de empresas menores, 2023 também marcou a queda de gigantes. A varejista Americanas, com uma dívida estimada de R$ 43 bilhões, em janeiro do ano passado. A Oi, de telecomunicações, entrou com um segundo pedido de recuperação no primeiro semestre de 2023, e tem uma dívida de R$ 44 bilhões.
A Light entrou com pedido de recuperação em maio, com dívida de R$ 11 bilhões. Em agosto, foi a vez da 123Milhas, que tem passivos de R$ 2,3 bilhões. No final do ano, a Southrock, controladora da Starbucks, entrou para a lista, pedindo recuperação judicial e com dívida de R$ 1,8 bilhão.