Negócios

Nubank reduz dependência do cartão de crédito e vê a concorrência crescer

Analistas esperam que cenário seja desafiador neste ano, com inflação e endividamento altos

Nubank listou uma série de riscos ao negócio que vão merecer atenção (Nubank/Divulgação)

Nubank listou uma série de riscos ao negócio que vão merecer atenção (Nubank/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de abril de 2022 às 15h03.

Embora o Nubank comece a colher frutos do investimento em uma prateleira de serviços mais ampla - como seguros -, o "neobanco" listou nesta semana, em formulário de referência enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), uma série de riscos ao negócio que vão merecer atenção. Mudanças regulatórias e aumento da concorrência no setor de cartões estão entre o fatores citados.

Veja também
Quem é o francês que ganhou US$ 82 bilhões em 2 anos
Como uma fábrica de própolis fatura R$ 100 milhões ao ano

No ano passado, as tarifas de intercâmbio e os juros relacionados aos cartões de crédito responderam por pouco menos da metade da receita da fintech, ante fatia de 63% em 2020. Nascido do cartão de crédito sem anuidade, o Nubank obtém receitas com o produto através desse intercâmbio pago pelas adquirentes (empresas que fazem a liquidação das operações) e do crédito rotativo.

"Nossa receita será significativamente prejudicada se perdermos todo ou parte substancial de nosso negócio de cartão de crédito, seja devido à perda de clientes, alterações regulatórias ou legislativas", comentou a fintech no formulário, citando a possibilidade de as taxas cobradas passarem a ser limitadas por reguladores.

Analistas esperam que o cartão de crédito seja fonte de dores de cabeça neste ano, em um cenário de inflação e endividamento altos. "Notavelmente, créditos ao consumidor sem garantias e cartões de crédito devem enfrentar alguma pressão, à medida que o ano começa com alta inflação e endividamento das famílias", afirmou o JPMorgan, em relatório.

A fintech também admite que a concorrência deve aumentar, "à medida que as tecnologias emergentes continuam a entrar no mercado e as grandes instituições financeiras buscam cada vez mais inovar os serviços que oferecem."

Acompanhe tudo sobre:BancosCartões de créditoFintechsNubank

Mais de Negócios

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel

Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios