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Nubank recebe aporte do fundo americano Base10 Partners

O fundo americano, que acabou de levantar US$ 250 milhões, tem como missão incentivar a diversidade no ambiente de tecnologia

Nubank: a empresa captou US$ 400 milhões em janeiro (Nubank/Divulgação)

Nubank: a empresa captou US$ 400 milhões em janeiro (Nubank/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2021 às 16h58.

Última atualização em 27 de maio de 2021 às 17h20.

O Nubank anunciou nesta quinta-feira, 27, ter feito uma nova rodada de captação de investimentos em março na qual recebeu um aporte de valor não revelado do fundo americano Base10 Partners, que promove a diversidade em empresas de tecnologia. O aporte foi feito pelo Advancement Initiative Fund, um novo fundo de 250 milhões de dólares da empresa de capital de risco.

"O Nubank está criando uma nova geração de serviços financeiros na América Latina com impacto real para o futuro de milhões de pessoas na região. Para nós, é motivo de orgulho fazer parte dessa revolução", afirma Adeyemi Ajao, cofundador e sócio-gestor do Base10 Partners, em nota enviada à imprensa. Além do Nubank, as empresas Attentive, Brex, Plaid, Aurora Solar, Wealthsimple, CircleCI e KeepTruckin receberam cheques da Base10.

O objetivo do Base10 é direcionar 50% do retorno de seus investimentos para financiar bolsas de estudo para alunos de grupos socialmente minorizados nos Estados Unidos. Para apoiar a iniciativa, muitas vezes as empresas investidas aceitam receber o aporte do fundo mesmo em rodadas com muita demanda do mercado.

É de se imaginar que esse seja o caso do Nubank, já que a companhia levantou 400 milhões de dólares em sua sétima rodada de financiamento, numa captação que avaliou o banco digital entre as cinco maiores instituições financeiras da America Latina.

"Desde a fundação do Nubank, sabemos que formar times fortes e diversos era peça fundamental para cumprirmos nossa missão de revolucionar o sistema financeiro na América Latina. Receber o Base10 Partners em nosso grupo de investidores é mais um passo nessa direção e um reconhecimento de nosso compromisso social e econômico", afirma David Vélez, fundador e presidente do banco digital, em nota.

Desde o final de 2020, após uma polêmica entrevista da cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, a empresa tem adotado uma série de medidas para promover diversidade racial dentro e fora da empresa.

Os fundadores David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible assinaram uma carta informando que a fintech iria investir 20 milhões de reais em ações para promover a diversidade racial. Dentre as ações destacadas estava a revisão completa das práticas de RH, como seleção e recrutamento, e avaliação de performance, “de modo a eliminar vieses e barreiras que contribuam para a sub-representação de negros e negras” e a ampliação da equipe de diversidade, que agora conta com 12 pessoas dedicadas em atração, seleção e desenvolvimento de grupos sub-representados.

A meta da empresa é contratar 2.000 pessoas negras até 2025 para garantir um ambiente de trabalho com pelo menos 30% de negros e negras e pelo menos 22% em cargos de gerência. Segundo a companhia, somente neste ano já foram mais de 1.000 contratações, sendo que cerca de 50% delas de pessoas autodeclaradas negras.

Com oito anos de operação, o Nubank já levantou mais de 1 bilhão de dólares em rodadas de investimentos e hoje soma mais de 38 milhões de clientes em todas as cidades brasileiras. Seu cartão de crédito é utilizado por 23 milhões de usuários e a conta digital, por cerca de 35 milhões. Em 2020, a empresa anunciou a aquisição da corretora digital Easynvest, que possui mais de 1,5 milhão de clientes e 26 bilhões de reais de ativos sob custódia.

Além do Brasil, a companhia também mantém operações no México e na Colômbia, e escritórios na Argentina, Alemanha e Estados Unidos.

 

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