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Nubank cria hub de tecnologia em Salvador, de olho em aumentar diversidade

Banco contratou a empreendedora social Monique Evelle para coordenar a criação do centro de tecnologia; em 2020, banco enfrentou polêmica sobre diversidade

Monique Evelle: consultora, eleita em 2017 uma das jovens mais promissoras com menos de 30 anos de idade pela Forbes Brasil e uma das 50 profissionais mais criativas do país pela Revista Wired (Mari Cobra/Divulgação)

Monique Evelle: consultora, eleita em 2017 uma das jovens mais promissoras com menos de 30 anos de idade pela Forbes Brasil e uma das 50 profissionais mais criativas do país pela Revista Wired (Mari Cobra/Divulgação)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 22 de fevereiro de 2021 às 10h45.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2021 às 14h52.

Quase quatro meses após precisar rever sua estratégia de recrutamento, que antes dispensava ações afirmativas para inclusão de negros, o Nubank hoje é outra empresa.

A falta de diversidade no banco digital veio à tona em 2020 após uma fala da vice-presidente da instituição, Cristina Junqueira. Na época, ela disse que não poderia nivelar as equipes por baixo ao fazer contratações.

Com a repercussão ruim, os fundadores pediram desculpas e a empresa decidiu entrar no grupo de negócios que atuam proativamente para aumentar a diversidade racial dentro de suas equipes, o que muitas vezes envolve abrir mão de certas qualificações técnicas, como fluência em inglês e abrir vagas exclusivas para negros.

Em parceria com o Instituto Identidades do Brasil, o banco está investindo 20 millhões de reais para ampliar a diversidadeA mais recente medida é a criação do centro de tecnologia e experiência do cliente da empresa em Salvador (BA), o NuLab. Ele será comandado pela empreendedora social Monique Evelle.

Monique também atuará como consultora para as ações internas e externas de Diversidade e Inclusão do Nubank.

Evelle também será mentora das startups selecionadas pelo fundo semente a ser criado pelo banco digital para apoiar negócios fundados ou liderados por pessoas negras.

A consultora, eleita em 2017 uma das jovens mais promissoras com menos de 30 anos de idade pela Forbes Brasil e uma das 50 profissionais mais criativas do país pela Revista Wired, é criadora do Desabafo Social, um laboratório de tecnologias sociais.

Também é sócia da SHARP, um hub de inteligência cultural que utiliza métricas para soluções de marcas; e fundadora do Inventivos,  um ecossistema de aprendizagem.

Segundo o Nubank, tanto a contratação da consultora como a implantação do polo de inovação em Salvador, que pode contribuir para o desenvolvimento social e econômico da região, fazem parte do plano do banco para tornar o setor de tecnologia mais inclusivo e combater o racismo estrutural no Brasil.

"Desde que assumimos o compromisso de contribuir ativamente para construir um ambiente interno e externo mais inclusivo, estamos aprendendo muito. O Nubank é melhor hoje do que há três meses. E isso é fruto do empenho de todos os times para acelerar a nossa diversidade interna", afirmou a Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, em comunicado enviado à imprensa.

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