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Novozymes adia plano de construção de nova fábrica no Brasil

A dinamarquesa Novozymes é uma das principais empresas mundiais do setor de enzimas, que abastece empreendimentos como usinas de etanol de segunda geração


	A Novozymes já tem uma fábrica no Paraná, que deverá ser suficiente para abastecer com enzimas uma das primeiras usinas de etanol de segunda geração do Brasil, da GranBio, em Alagoas
 (Divulgação)

A Novozymes já tem uma fábrica no Paraná, que deverá ser suficiente para abastecer com enzimas uma das primeiras usinas de etanol de segunda geração do Brasil, da GranBio, em Alagoas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 22h27.

São Paulo - A dinamarquesa Novozymes, uma das principais empresas mundiais do setor de enzimas, que abastece empreendimentos como usinas de etanol de segunda geração, adiou os planos de iniciar a construção de sua segunda fábrica no Brasil em 2013, enquanto busca clientes que possam garantir demanda adicional.

"Com a fábrica atual já podemos atender a usina de etanol existente", disse à Reuters o vice-presidente executivo de desenvolvimento de negócios da empresa, Thomas Videbaek.

Em maio de 2012 a empresa havia informado que os planos para a nova planta seriam concluídos ainda naquele ano, e que a construção da nova unidade começaria em 2013.

A Novozymes já tem uma fábrica no Paraná, que deverá ser suficiente para abastecer com enzimas uma das primeiras usinas de etanol de segunda geração do Brasil, da GranBio, em São Miguel dos Campos, Alagoas. A expectativa é que a usina comece a produzir comercialmente já em 2014.

As enzimas são fundamentais para o etanol de segunda geração, com a quebra da celulose de matérias-primas como a palha da cana-de-açúcar, um refugo abundante nas centenas de usinas de açúcar e etanol do Brasil.

"Nós estamos, neste momento, muito ativos conversando com diversos parceiros, não apenas para o suprimento de enzimas, mas também sobre que tipo de unidade que precisaríamos construir", disse o executivo.

A Novozymes busca interessados que justifiquem o investimento na nova fábrica, que será focada no insumo para biocombustíveis, segundo Videbaek. Após o fechamento dos acordos será anunciada a localização e a data para a construção da fábrica.

"Não estamos menos otimistas agora do que estávamos um ano atrás. (...) Anos atrás as pessoas falavam de um combustível de fantasia. Hoje falamos de produção real", diz ele, citando usinas do gênero já em operação na Itália e nos EUA, e projetos na China.

Apesar do adiamento, a empresa tem planos robustos para o médio prazo.


Até 2017 haverá 15 usinas de etanol celulósico no mundo operando comercialmente com enzimas da Novozymes. Um número "significativo" delas será no Brasil, disse o executivo, que não detalhou os planos para o país.

Para o longo prazo, a indústria vê possibilidade de negócios ao aproveitar a biomassa gerada como subproduto nas cerca de 400 usinas de cana espalhadas pelo país.

"O número é potencialmente alto no longo prazo", disse.

Segundo ele, a produção de etanol do país poderia dobrar se 20 % da palha gerada atualmente no Brasil fossem destinados à produção do biocombustível de segunda geração.

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