Além do possível confronto contra o Iraque, Estados Unidos e os maiores países da Europa, com a exceção da Grã-Bretanha, divergem sobre mais um assunto: Microsoft. Enquanto os americanos vibram com o crescimento mundial da empresa, a Europa está se unindo para barrar o avanço de Bill Gates no continente.

Empresas de software, fabricantes de computador e consumidores entraram com uma ação contra a empresa, num lance que pode complicar a Microsoft ainda mais no processo antitruste em andamento. O objetivo da ação dos europeus, tomada no final do mês passado em Buxelas, é forçar a empresa a remover os programas Windows Media Player ou o navegador Internet Explorer de seu sistema operacional Windows. A reclamação foi formalizada por um grupo de representantes de empresas como Nokia, Eastman Kodak, Fujitsu, NTT Communications, Sun, AOL Time Warner e Oracle.

Enquanto a Microsoft afirma em sua defesa que o Windows traz enormes vantagens para os usuários, a acusação diz que a empresa se aproveita virtualmente dos consumidores para impor seu domínio. É o novo sistema operacional, o Windows XP, que está sendo alvo de críticas mais duras. A União Européia afirma que o sistema só fortalece a empresa para entrar em novos mercados.

O processo também defende a inclusão da plataforma Java, da Sun Microsystems, no sistema operacional da Microsoft - fato que fez a gigante do software recorrer da decisão da Justiça -, assim como o uso de formatos abertos e protocolos públicos em seus produtos.