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Novo presidente do Bradesco tem missão de digitalizar o banco

ÀS SETE - Nesta segunda-feira, o segundo maior banco privado do país deve confirmar o nome de Octavio de Lazari Junior como novo presidente da empresa

Bradesco: (Paulo Whitaker/Reuters)

Bradesco: (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2018 às 05h23.

Última atualização em 12 de março de 2018 às 10h56.

O Bradesco, segundo maior banco privado do país, vai realizar uma assembleia geral ordinária hoje que deve confirmar o nome de Octavio de Lazari Junior como novo presidente.

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Lazari, de 54 anos, atualmente é vice-presidente do Bradesco e presidente do grupo Bradesco Seguros, onde permanecerá exercendo a função. Ele foi aprovado para assumir a função pelo conselho de administração no início de fevereiro.

O executivo vai substituir o atual presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco, 66, que vai continuar na presidência somente do conselho de administração, que assumiu em outubro de 2017 no lugar de Lázaro de Mello Brandão.

O novo presidente do banco é formado em Ciências Econômicas pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Osasco e possui diversas especializações na área de finanças em instituições como a Fundação Getúlio Vargas, Fundação Dom Cabral e IESE Business School.

Começou no Bradesco como office-boy em 1978. Passou por diversos cargos até tornar-se vice-presidente e presidente do Grupo Bradesco Seguros em 2017.

À frente do Bradesco, Lazari terá como principal desafio enfrentar a crescente digitalização dos serviços bancários. Com a concorrência cada vez maior de startups, as fintechs, o banco lançou, em junho do ano passado, o banco digital Next.

Diferente da grande maioria dos outros bancos digitais, o Next não tinha conta corrente e cartão de crédito gratuitos, o que claramente não funciona para atrair os jovens, principais clientes desse tipo de negócio. No mês passado, o banco voltou atrás e lançou um plano com essas gratuidades.

Além disso, existe a dificuldade de focar nesse tipo de iniciativa enquanto é preciso ainda atender clientes que não querem e não estão acostumados à tecnologia, algo com que as startups não precisam se preocupar.

No mundo físico, o banco ainda precisa capturar todas as sinergias que existem com o HSBC, comprado no ano passado por 16 bilhões de reais.

O Bradesco é conhecido como um ícone da eficiência – teve lucro líquido de 19 bilhões de reais em 2017, 11,1% a mais do que em 2016. Ainda assim, a queda de 4,3% na carteira de crédito em um ano mostra que nem tudo está perfeito.

O mercado também deve ficar mais competitivo se os juros bancários acompanharem a taxa Selic e baixarem. Em recente entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, Lazari disse que os bancos têm um ganho importante com a taxa de juros alta, “mas não adianta ser uma empresa rica num país pobre”.

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