Os resultados do estudo foram apresentados neste sábado na conferência anual do American College of Cardiology (Joe Raedle/Getty Images/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2012 às 15h43.
Chicago - O novo anticoagulante vorapaxar (do laboratório americano Merck) reduz em até 20% o risco de ataque cardíaco, cerebral ou de morte em pacientes com enfermidades cardiovasculares, mas aumenta o perigo de hemorragias, revela um estudo divulgado neste sábado.
A pesquisa confirma que esta molécula experimental utilizada em combinação com outros anticoagulantes permite reduzir o risco de enfermidades cardiovasculares, mas aumenta significativamente o risco de hemorragias internas graves, o que pode dificultar a aprovação de sua comercialização.
O medicamento vinha sendo apontado como um dos novos milagres da medicina moderna, mas as mais recentes análises têm indicado que ele também possui suas ressalvas.
Os resultados do estudo foram apresentados no primeiro dia da conferência anual do American College of Cardiology, celebrado neste fim de semana em Chicago (Illinois, norte dos Estados Unidos), um dos principais fóruns mundiais de cardiologia.
A investigação mostrou que o vorapaxar diminui em 13% o risco de morte por doenças cardiovasculares, de ataques cardíacos e cerebrais nas pessoas que sofrem de enfermidades cardiovasculares e em 20% naquelas que já sofreram infartos.
Contudo, os pacientes tratados com esse medicamento durante ao menos três anos apresentaram duas ou três vezes mais hemorragias graves ou moderadas do que aquelas que não foram e as hemorragias intracranianas foram duas vezes mais frequentes.