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Nova mineradora do BTG aposta em mercado andino e africano

''Na América Latina, em particular na região andina, temos um potencial enorme de crescimento'', disse Roger Agnelli

Roger Agnelli: ''O mundo precisa de uma África aumentando a oferta de recursos energéticos e alimentos e por isso apostamos nestas novas fronteiras'' (Wellington Pedro/Imprensa MG)

Roger Agnelli: ''O mundo precisa de uma África aumentando a oferta de recursos energéticos e alimentos e por isso apostamos nestas novas fronteiras'' (Wellington Pedro/Imprensa MG)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 19h52.

São Paulo - A B&A Mineração, criada nesta quinta-feira pelo banco de investimentos BTG Pactual e pela AGN Agroindustrial Projetos e Participações, apostará pela diversificação e por novos mercados, com ênfase na região andina e nos países ocidentais da África.

''Na América Latina, em particular na região andina, temos um potencial enorme de crescimento, descobertas e desenvolvimento de ativos, muitos deles abandonados no passado'', assinalou em entrevista coletiva em São Paulo Roger Agnelli, presidente do Conselho de Administração da nova empresa.

O executivo, que ocupou durante uma década a Presidência da Vale, destacou também que o continente africano tem ativos ainda desconhecidos. ''A África, para o mundo, é uma questão de tempo, pois a África tem de entrar agora na economia globalizada'', ressaltou.

''O mundo precisa de uma África aumentando a oferta de recursos energéticos e alimentos e por isso apostamos nestas novas fronteiras'', acrescentou Agnelli, para quem a demanda mundial de ferro e adubos, liderada pelo mercado chinês, deverá ser mantida, apesar da crise.

''Não há problemas de demanda na China, o que se tem agora é um ajuste momentâneo do mercado'', sentenciou o empresário.

O diretor-executivo da B&A, Eduardo Ledsham, afirmou que a empresa tem planos de curto prazo para o Chile, com o início de produção de cobre em 2014, e o Peru, ''aproveitando a integração do ponto de vista estratégico'', enquanto com a Argentina e a Colômbia se trabalha com projetos de médio prazo.

''São oportunidades com pequenos mineiros da região, mas com alta margem de rentabilidade'', acrescentou Ledsham, para quem a produção no Brasil deverá começar entre os próximos três e cinco anos. Na África, a empresa pretende atuar nos países do litoral oeste, da Mauritânia a Angola.

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