Notre Dame Intermédica: chegou a ser avaliada em R$ 10 bilhões, o que teria afugentado potenciais investidores (foto/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de julho de 2017 às 11h34.
Última atualização em 26 de abril de 2018 às 10h38.
Apesar de o ano de 2017 ter se revelado agressivo para ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), a operadora de plano de saúde Notre Dame Intermédica, controlada pelo fundo Bain Capital, informou ontem que desistiu de abrir seu capital na Bolsa brasileira, a B3.
Com isso, segundo fontes de mercado, a companhia volta a buscar sócios privados, como vinha fazendo desde o início o ano passado.
A intenção da Notre Dame Intermédica era fazer uma captação de R$ 1 bilhão com a estreia na Bolsa paulista.
Um dos fundos de private equity (que fazem investimentos em empresas) que já chegaram a avaliar o ativo foi o europeu CVC Capital Partners, com sede em Luxemburgo.
A Notre Dame Intermédica chegou a ser avaliada em R$ 10 bilhões, o que teria afugentado potenciais investidores. Agora, o CVC e outros fundos estariam dispostos a voltar a circular o ativo.
Disputa
A Notre Dame Intermédica também atraiu a atenção de compradores estratégicos nos últimos meses, incluindo a empresa de plano de saúde Amil, que hoje é controlada pela americana United Health.
Desde março de 2014, o fundo Bain Capital - também dos Estados Unidos - tem uma participação majoritária na Notre Dame Intermédica. Na época, o fundo investiu R$ 2 bilhões na companhia.
Tanto a venda a um fundo de private equity quanto um eventual IPO - ideia agora suspensa - seriam uma forma de o Bain realizar seu lucro dentro da operação, de acordo com fontes.
Procurada pela reportagem, a Notre Dame Intermédica não quis comentar a estratégia de venda da companhia.