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Nos EUA, muçulmana processa Abercrombie por discriminação

Suprema Corte do país decidirá se empresa deve ser condenada por negar emprego a mulher que usava lenço na cabeça, alegando conflito com seu "dress code"


	Abercrombie: empresa alega que não sabia que mulher usava lenço por questões religiosas
 (Jin Lee/Bloomberg)

Abercrombie: empresa alega que não sabia que mulher usava lenço por questões religiosas (Jin Lee/Bloomberg)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 15h45.

São Paulo - Nos Estados Unidos, foi parar na Suprema Corte um processo em que uma muçulmana acusa a Abercrombie & Fitch de discriminação. A mulher afirma que não conseguiu emprego na grife porque estava usando um lenço na cabeça na hora da entrevista. A informação é do site da BBC

O caso teria ocorrido em 2008, em uma unidade da empresa em Tulsa, no estado de Oklahoma.

Segundo a publicação, a muçulmana, chamada Samantha Elauf, diz que a Abercrombie a eliminou do processo seletivo alegando que seu traje entrava em conflito com o dress code da empresa. 

De acordo com a BBC, a lei americana determina que empregadores devem "razoavelmente acomodar" crenças religiosas, desde que elas não impliquem em dificuldades para o negócio. 

Em primeira instância, a muçulmana venceu o processo e a grife foi condenada a pagar uma indenização de 20 mil reais por dano moral. Mas a empresa recorreu e, em segundo grau, a decisão foi rejeitada com o argumento de que Samantha não teria deixado claro que precisaria de uma "insenção religiosa" durante a entrevista de emprego, ainda que ela estivesse usando o lenço. 

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