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Nos EUA, McDonald's é processado por racismo e assédio

Supervisores de uma franquia da rede teriam xingado funcionários de vários nomes impróprios, além de sugerir sexo oral e enviar fotos de seus genitais para eles


	McDonald's: processo responsabiliza rede por problema em franquia
 (REUTERS/Mike Blake)

McDonald's: processo responsabiliza rede por problema em franquia (REUTERS/Mike Blake)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 16h20.

São Paulo - Nos Estados Unidos, o McDonald's está sendo processado por racismo e assédio sexual por dez ex-funcionários de uma de suas lojas franqueadas no estado da Virgínia. A informação é da Bloomberg Businessweek.

De acordo com a revista, em ação apresentada nesta quinta-feira ao tribunal federal do país, o grupo de trabalhadores da franquia Soweva Co. acusa uma supervisora de chamar os funcionários negros de "vadias" e "favelados". A mulher teria ainda retirado sua dentadura e sugerido fazer sexo oral com a equipe.

Um segundo supervisor teria chamado um hispânico de "mexicano sujo" e "mexicano gostoso", além de enviar fotos de seus genitais para funcionários e tocá-los de forma inapropriada.

Os dois supervisores ainda são acusados de demitir negros e hispânicos alegando que eles "não se encaixavam no perfil" da companhia.

Segundo a Businessweek, no processo, os trabalhadores afirmam ter feito queixas ao McDonald's, que não teria tomado nenhuma atitude. A ação responsabiliza a rede pelo problema na franquia e diz que ela "tolerou e ratificou a conduta do Soweva".

O texto diz ainda que a gigante de fast food tinha controle sobre os trabalhadores do restaurante na Virgínia. A multinacional teria o costume de enviar "clientes ocultos" mensalmente à unidade para avaliar o atendimento aos consumidores.

Em nota, o McDonald's disse à revista que ainda não teve conhecimento do processo, mas que vai analisar a questão com muito cuidado. O franqueado Soweva não respondeu à reportagem. 

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