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No South Summit Brasil, ESG é pauta máxima entre empresas

No evento de inovação, temas envolvendo sustentabilidade, diversidade e investimento de impacto dominaram a programação

South Summit Brasil: evento em Porto Alegre acaba nesta sexta-feira, 6 (Ramiro Sanchez/Agência Preview/Divulgação)

South Summit Brasil: evento em Porto Alegre acaba nesta sexta-feira, 6 (Ramiro Sanchez/Agência Preview/Divulgação)

O foco em tecnologia e inovação ocupou largos espaços na programação do South Summit Brasil, festival que acontece nesta semana em Porto Alegre. Era de se esperar que a pauta se tornasse primária entre executivos, empreendedores e investidores, mas o que se viu durante os três dias de evento, no entanto, foram debates acalorados sobre o que há de mais novo e promissor no universo do ESG (sigla para social, ambiental e governança).

Discussões sobre a emergência climática no Brasil e no mundo permearam boa parte dos painéis da edição gaúcha do evento. O resultado não foi à toa: dar visibilidade ao que vem sendo feito por empresas e governos e explorar oportunidades envolvendo pautas positivas como o meio ambiente e diversidade era um dos principais objetivos do South Summit. "Abolimos as pautas polêmicas e decidimos trazer uma visão otimista sobre o que o agentes estão fazendo de positivo para revolucionar o ecossistema", disse José Renato Hopf, presidente do South Summit Brasil, em entrevista à EXAME.

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As pautas sustentáveis, de fato, foram o centro das atenções. Inúmeros painéis reuniram fundos de investimento, empreendedores e líderes de iniciativas de sustentabilidade de grandes corporações e do governo do Rio Grande do Sul para discutir oportunidades e tendências. Entre os painelistas estavam, por exemplo, Helen Pedroso, diretora de relações do Pacto Global da ONU e Mariana Oiticica, líder da área de investimento de impacto do BTG Pactual.

Líderes de fundos com alguma relação com o ESG, como VOX Capital e Lowercarbon Capital, também tentaram explorar os benefícios enrustidos nos chamados investimentos de impacto, que casam retorno financeiro e geração de impacto socioambiental positivo. As finanças verdes foram, inclusive, destacadas como tendência indiscutível entre casas de venture capital mais tradicionais.

No palco dedicado a discussões sobre o mercado de investimentos de risco no Brasil, executivos apontaram startups que trazem inovação e auxiliam setores a se tornarem mais "limpos" como as novas estrelas entre os VCs. "Há uma mudança em curso, com um montante relevante de dinheiro indo para essas empresas, e o Brasil pode ter papel de destaque", disse Luiz Ribeiro, diretor da General Atlantic no Brasil.

O destaque também esteve em startups que estão revolucionando a agricultura, as chamadas agtechs. Com sessões de pitch exclusivas desta categoria, as agtechs lotaram arenas com interessados em ouvir o que há de mais novo no setor.

Olhar para o social

O caminho para a inovação, para muitos dos especialistas que discursaram no evento, está no capital humano. O incentivo à diversidade e inclusão e os desafios em lidar com as diferenças culturais e geracionais fizeram parte de inúmeras palestras ao longo da programação.

Durante sua participação no South Summit, Hellen Pedroso, do Pacto Global da ONU, reafirmou a importância de empresas reforçarem sua atuação social para atingir compromissos ESG e acelerar a adesão a Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável. "Empresas são feitas de pessoas. Não basta criar uma área de diversidade ou sustentabilidade para, realmente, ser sustentável", disse.

Em consenso, todos os especialistas que participaram do evento afirmaram que a sustentabilidade, a diversidade e o ESG, em todas as suas letras propriamente ditas, são o caminho para a inovação.

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