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Nissan diz não se intimidar com atrasos de carros elétricos

Carlos Ghosn estendeu de dois a três anos a meta inicial combinada de vender 1,5 milhão de veículos elétricos até o fim de março de 2017


	Nissan Leaf: juntas, a Nissan e a Renault venderam, até agora, apenas 120 mil carros elétricos 
 (Divulgação)

Nissan Leaf: juntas, a Nissan e a Renault venderam, até agora, apenas 120 mil carros elétricos  (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2013 às 09h56.

Tóquio - O presidente-executivo da Renault e da Nissan, Carlos Ghosn, disse que não se intimidou com os atrasos em suas metas de vendas de veículos elétricos, prevendo que montadoras rivais irão enfrentar obstáculos ainda maiores em seus planos de lançar carros movidos a células de combustível ao longo dos próximos anos.

Nesta quarta-feira, Ghosn reiterou que a Renault e a Nissan estenderiam em dois ou três anos a meta inicial combinada de vender 1,5 milhão de veículos elétricos até o fim de março de 2017.

A Nissan também disse que vai elevar a produção do carro elétrico Leaf nos Estados Unidos, o carro elétrico mais vendido no mundo, depois que um corte no preço impulsionou as vendas nesse mercado.

"Lamento o meu investimento em carros elétricos? Não, obviamente", disse Ghosn a repórteres no Salão do Automóvel de Tóquio.

Juntas, a Nissan e a Renault venderam, até agora, apenas 120 mil carros elétricos desde que levaram os primeiros automóveis do tipo ao mercado há três anos.

Mas as dificuldades com a infraestrutura de recarga, que Ghosn aponta como a principal razão para a baixa popularidade dos veículos elétricos, em vez de problemas técnicos, desenham um cenário ainda mais desafiador para os veículos movidos a células de combustível, disse o executivo.

Tanto a Toyota quando a Honda planejam começar a vender veículos de células de combustível por volta de 2015.

"Francamente, eu não sei como vão fazer isso, porque sabendo de todos os problemas que temos para ter um sistema de abastecimento com energia elétrica, onde está a infraestrutura de hidrogênio?", afirmou Ghosn. "É por isso que adiamos, de certa forma, algumas das nossas ambições em termos de células de combustível." (Por Yoko Kubota)

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