Negócios

Nissan decidirá nova fábrica no Brasil até o fim do ano

Com esse novo empreendimento, as ações da montadora fecharam com alta de 0,12% na Bolsa de Tóquio

A montadora planeja também aumentar sua margem de lucro para 8% nos próximos seis meses (Spencer Platt/Getty Images)

A montadora planeja também aumentar sua margem de lucro para 8% nos próximos seis meses (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 11h33.

Yokohama - A Nissan Motor, segunda maior montadora do Japão, detalhou nesta segunda-feira uma ambiciosa estratégia de crescimento para os próximos seis meses de acordo com um novo plano de negócios que inclui metas elevadas de participação no mercado mundial e rentabilidade. Segundo o CEO e presidente da Nissan, Carlos Ghosn, no Brasil, o local da fábrica da montadora será decidido antes do fim deste ano. As ações da montadora fecharam com alta de 0,12% na Bolsa de Tóquio.

Em relação a vendas, a montadora expandirá sua rede para 7.500 pontos principais globalmente, dos atuais 6 mil. A Nissan prevê que grande parte do crescimento virá de mercados emergentes de rápido crescimento, especialmente Brasil, China, Rússia e Índia.

Ghosn afirmou que a localização no Brasil de uma nova fábrica com capacidade para produção de 200 mil veículos por ano será decidida antes do final do ano, e que ele planeja visitar Pequim no próximo mês para anunciar "uma expansão muito significativa". Na China, o maior mercado do mundo de automóveis, a montadora pretende elevar sua participação de mercado para 10% em relação ao 6,2% atuais, expandindo sua capacidade de produção e rede de vendas.

A montadora planeja também aumentar sua margem de lucro para 8% nos próximos seis meses, de 6,1% no ano fiscal passado. A Nissan tem como meta alcançar 8% de participação do mercado mundial, à medida que busca elevar as vendas no exterior, acima da participação de 5,8% no ano fiscal passado.

"Estamos definitivamente na ofensiva", disse Ghosn, falando numa conferência de imprensa na sede da empresa. "Esse é o primeiro plano que estamos iniciando sem dificuldades", declarou o executivo, destacando que a empresa aumentou sua presença no exterior, reduziu a dívida e renovou a sua linha de produtos nos últimos anos.

Se a companhia alcançar uma participação de mercado de 8% até o final de março de 2017, isso significará vendas mundiais de pelo menos 7,2 milhões de veículos. A empresa prevê que a demanda de toda a indústria automotiva vai aumentar para pelo menos 90 milhões de veículos por volta desse período.

Tal volume representará um salto de pelo menos 72% em relação aos 4,19 milhões de veículos que a Nissan vendeu no ano fiscal passado, encerrado em março de 2011. As informações são da Dow Jones.

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