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Nissan anuncia alta expressiva de lucro em 2010/11

Lucro líquido da empresa aumentou 650% entre abril de 2010 e março de 2011; produção da montadora ainda é afetada pelo terremoto do Japão

Carlos Ghosn, presidente da Nissan, anunciou que a produção normal da empresa será retomada em outubro (Kazuhiro Nogi/AFP)

Carlos Ghosn, presidente da Nissan, anunciou que a produção normal da empresa será retomada em outubro (Kazuhiro Nogi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2011 às 14h10.

Tóquio - A montadora japonesa Nissan anunciou nesta quinta-feira que multiplicou por sete seu lucro líquido em 2010-2011, graças a vendas recordes, mas não divulgou previsões, em consequência das incertezas provocadas pelo terremoto de 11 de março.

A empresa também anunciou que pretende retomar 100% da produção a partir de outubro, após as dificuldades provocadas pelo terremoto e tsunami de 11 de março.

O lucro líquido registrou alta de 653,1% entre 1º de abril de 2010 e 31 de março de 2011, a 319 bilhões de ienes (3,9 bilhões de dólares). O lucro operacional progrediu 72,5%, a 537 bilhões de ienes.

No período, a empresa registrou alta de 19,1% das vendas no mundo, sobretudo na China (35%), Estados Unidos (17%) e Europa (19%), superando quatro milhões de unidades negociadas.

"Retomaremos a produção por completo e sem restrição em todo o mundo no mês de outubro", anunciou Carlos Ghosn, presidente da montadora japonesa, que é controlada em 45% pela francesa Renault.

O terremoto de 9,0 graus e o tsunami de 11 de março devastaram a região de de Tohoku (nordeste do Japão), provocando danos em várias fábricas de autopeças e obrigaram as montadoras a reduzir o ritmo de produção.

A também japonesa Toyota, maior montadora do mundo, espera retomar 100% da produção em novembro ou dezembro.

As fábricas da Nissan no Japão retomaram a produção em meados de abril. Após a tragédia, a empresa suspendeu à metade o ritmo de trabalho, o que provocou prejuízo no período janeiro-março.

Para limitar o impacto, Ghosn explicou que a Nissan vai priorizar os mercados estratégicos: Estados Unidos e China.

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