Negócios

Nippon considera ilegal destituição de Rômel da Usiminas

Nippon publicou comunicado defendendo que Rômel seja reconduzido à presidência para terminar seu mandato

Usiminas: sócios japoneses afirmaram que vão continuar trabalhando pela empresa (Nelio Rodrigues/Site Exame)

Usiminas: sócios japoneses afirmaram que vão continuar trabalhando pela empresa (Nelio Rodrigues/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de abril de 2017 às 10h24.

São Paulo - A Nippon Steel & Sumitomo Metal (NSSMC) soltou comunicado à imprensa no qual defende a atuação de Rômel Erwin de Souza como presidente da Usiminas, até ser, segundo o texto, "ilegalmente substituído em 23 de março de 2017".

A NSSMC começa defendendo a carreira do executivo, que começou na usina de Ipatinga (MG). "Os conhecimentos adquiridos durante sua trajetória aplicam-se tanto à área tecnológica quanto à operacional, que são pilares de sucesso da Usiminas", informa o texto, que ainda argumenta: "Ele assumiu também o cargo de diretor comercial, fato que consolidou seu preparo, experiência e conhecimento dos negócios da empresa, ao longo desses 40 anos em que dedicou-se com exclusividade ao desenvolvimento da Usiminas".

A NSSMC questiona por quê Rômel não merece confiança como CEO da Usiminas e como é possível argumentar que ele não tenha atendido aos interesses dos acionistas.

"Tais indagações surgem após Rômel ter sido novamente obrigado a deixar a Usiminas em razão de acusações injustas de alguns dos integrantes do conselho de administração, em meio a um processo de afastamento ilícito".

A empresa, controladora da Usiminas, também usa dados do balanço de 2016 para demonstrar os resultados de sua gestão e lembra que para o afastamento de Rômel foi usado como argumento um contrato de compra de matéria-prima fornecida pela Mineração Usiminas S/A (Musa).

"Dentro de suas atribuições, Rômel assinou com a Musa, de maneira diligente e cautelosa, um memorando - um documento que objetivava apenas registrar e organizar os entendimentos e guiar as futuras etapas das negociações entre as partes, mas sem constituir um contrato, ou sequer um pré-contrato, expressamente dispondo sobre a ausência de qualquer força vinculativa tanto para a Usiminas quanto para a Musa".

Para finalizar o extenso comunicado, a NSSMC contrapõe a alegação da Ternium-Techint de que há divergência entre a NSSMC e o conselho de administração da Usiminas, já que Rômel foi destituído por voto da maioria.

"Tais declarações omitem o fato de que a própria votação que foi realizada não poderia ter sido feita, uma vez que realizada em flagrante violação ao acordo de acionistas e à legislação brasileira".

Segundo a empresa, conselheiros da NSSMC e representante da Previdência Usiminas rejeitaram a votação. "A decisão tomada não tem, portanto, nenhum valor perante a lei".

"Nós da NSSMC, sem esmorecer em momento algum, continuaremos como um dos principais acionistas da Usiminas a contribuir junto com os brasileiros para o desenvolvimento da empresa, priorizando sempre seu melhor interesse, em sintonia com a prevalência da lei", finalizou a Nippon.

Acompanhe tudo sobre:UsiminasNippon Steel

Mais de Negócios

Quais são os 10 maiores marketplaces do Brasil? Veja ranking

Quais são as 10 maiores empresas do varejo no Brasil? Veja quanto elas faturam

Eles começaram com uma nota fiscal de R$ 300. Hoje, faturam R$ 30 milhões com produtos para pets

Gigantes do varejo faturaram R$ 1,3 trilhão em 2024