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Nikkei promete preservar independência do "Financial Times"

"Não temos intenção de mudar nem o conteúdo nem a forma do Financial Times; como está, ficará", declarou Tsuneo Kita, presidente do grupo Nikkei


	"Preservaremos a independência editorial, é o que dizemos ao Financial Times", insistiu o diretor-geral, Naotoshi Okada
 (Johannes Eisele/AFP)

"Preservaremos a independência editorial, é o que dizemos ao Financial Times", insistiu o diretor-geral, Naotoshi Okada (Johannes Eisele/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2015 às 15h13.

Os dirigentes do grupo Nikkei se comprometeram nesta sexta-feira a preservar a linha editorial e a independência do jornal britânico Financial Times (FT), adquirido pelo grupo de informação econômica japonês por 1,31 bilhão de dólares.

"Não temos intenção de mudar nem o conteúdo nem a forma do Financial Times; como está, ficará", declarou Tsuneo Kita, presidente do grupo Nikkei, em uma coletiva de imprensa no Tóquio.

"Preservaremos a independência editorial, é o que dizemos ao Financial Times", insistiu o diretor-geral, Naotoshi Okada.

Na quinta-feira, para surpresa geral, a editora britânica Pearson anunciou a venda do grupo FT, que inclui o prestigiado jornal econômico, ao grupo japonês.

A notícia suscitou muitas dúvidas sobre a estratégia do Nikkei e sobre os riscos de mudança da linha editorial do Financial Times.

"Mantínhamos uma relação editorial com o FT há anos e acho que é nosso melhor parceiro internacional", insistiu o presidente, argumentando que os jornais dos dois grupos compartilham os mesmos valores.

Ele explicou que mantém uma excelente relação com John Ridding, presidente do FT: "um dia ele me disse 'você é como eu, antes de ser chefe, é um jornalista'".

Na imprensa e nas redes sociais, contudo, jornalistas, analistas e cidadãos japoneses se mostraram preocupados com uma possível influência do Nikkei nos artigos do FT.

Os temores foram reforçados pela declaração do ministro japonês de Revitalização Econômica, Akira Amari, que disse se alegrar pela "passagem do FT para o comando do Nikkei" para que "as informações sobre a economia japonesa possam ser expressas de forma mais exata para a comunidade internacional".

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