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Nike compra startup que consegue prever o que quer o consumidor

Fabricante de artigos esportivos comprou startup americana capaz de fazer com que seus 39,2 bilhões de dólares em vendas sejam mais eficientes

Loja da Nike na China: com marca consolidada em todas as partes do mundo, empresa quer melhorar eficiência na relação com o consumidor (SOPA Images / Contributor/Getty Images)

Loja da Nike na China: com marca consolidada em todas as partes do mundo, empresa quer melhorar eficiência na relação com o consumidor (SOPA Images / Contributor/Getty Images)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 10 de agosto de 2019 às 08h00.

Última atualização em 10 de agosto de 2019 às 12h11.

Prever o futuro não é só mais coisa de cartomante. A fabricante de vestuário Nike anunciou a compra de uma startup de inteligência artificial capaz de prever o que os consumidores querem comprar antes mesmo que eles procurem por um produto.

A startup Celect, da cidade de Boston, nos Estados Unidos, foi criada por dois professores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Os valores da aquisição não foram revelados.

Fundada em 2013, a Celect é baseada em nuvem e consegue fazer uma análise de dados "premonitória", ajudando os varejistas a otimizarem seu inventório de produtos e estoques, tanto nas lojas quanto nos centros de distribuição para comércio eletrônico.

A startup vai na linha do "software como um serviço". Para que o sistema consiga fazer suas premonições, uma varejista precisa alimentá-los com informações de histórico de compras e comportamento dos consumidores.

"Com a aquisição da Celect, a Nike acelera enormemente nossa vantagem digital, ao adicionar uma plataforma desenvolvida por cientistas de dados de primeira linha", disse Eric Sprunk, diretor de operações da Nike, em comunicado. "À medida que a demanda por nossos produtos cresce, precisamos ser guiados por insights, otimização de dados e super focados em comportamento do consumidor."

O sistema faz com que as empresas consigam ver, por exemplo, os benefícios de colocar um novo produto à disposição, se há demanda para ele, se o retorno pode compensar o investimento, por exemplo.

O objetivo é difícil: "servir os consumidores de forma pessoal, mesmo que com escala", aponta Sprunk. Com 39,2 bilhões de dólares em faturamento nos últimos 12 meses anteriores a maio deste ano, a Nike tem muito comportamento a prever.

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