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NII Holdings pode pedir proteção contra falência

A NII Holdings opera em vários países da América Latina sob a marca Nextel


	Nextel: no Brasil, a NII Holdings tem perdido clientes e sofrido declínio na receita média por usuário
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Nextel: no Brasil, a NII Holdings tem perdido clientes e sofrido declínio na receita média por usuário (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 15h10.

A NII Holdings, dona da marca da operadora Nextel na América Latina que luta contra uma dívida de 5,8 bilhões de dólares e concorrência acirrada no Brasil e no México, pretende pedir proteção judicial contra falência nos Estados Unidos a partir desta segunda-feira, de acordo com duas fontes com conhecimento direto da situação.

De acordo com uma fonte, que pediu anonimato uma vez que o processo está em andamento, o pedido de proteção contra falência de acordo com o Capítulo 11 das leis norte-americanas permitiria à companhia com base em Reston, na Virgínia, NII Holdings reestruturar sua dívida com credores.

A NII Holdings opera em vários países da América Latina sob a marca Nextel.

A empresa quer transformar os credores em acionistas e implementar um modelo de negócio mais sustentável com foco no Brasil e no México, seus dois maiores mercados, acrescentou a fonte.

O Capítulo 11 é uma forma de falência que reorganiza os negócios e ativos de uma empresa por um período limitado. Ligações para a NII Holdings em busca de comentários não foram imediatamente retornadas.

No Brasil, a NII Holdings tem perdido clientes e sofrido um declínio na receita média por usuário enquanto a América Móvil, a espanhola Telefónica e a TIM Participações oferecem melhor cobertura para smartphones cada vez mais populares.

A NII Holdings está lutando para recuperar participação de mercado, mesmo depois que reguladores a isentaram do pagamento de taxas de interconexão para rivais maiores.

No mês passado, a NII Holdings alertou que poderia pedir proteção contra falência depois de divulgar seu nono prejuízo trimestral consecutivo.

O presidente-executivo, Steve Shindler, disse na época que, apesar dos esforços para melhorar as operações, o caixa tinha caído para níveis insuficientes para suportar o negócio.

A empresa encerrou o segundo trimestre com 1 bilhão de dólares em caixa, uma perda líquida recorrente de 629 milhões de dólares e uma redução de 77 mil assinantes em sua base de clientes.

A empresa contratou os bancos de investimento UBS e Rothschild para a assessorarem sobre uma potencial venda e uma reestruturação da dívida, respectivamente.

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