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Netshoes pode ser comprada por B2W ou Magazine Luiza

O site de comércio eletrônico busca um comprador há tempos e tem sofrido com a desconfiança de investidores

Netshoes: valor de mercado atual da companhia é de US$ 68 milhões (Germano Lüders/Exame)

Netshoes: valor de mercado atual da companhia é de US$ 68 milhões (Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de abril de 2019 às 08h42.

Última atualização em 11 de abril de 2019 às 09h31.

São Paulo — Dona das marcas Americanas.com e Submarino, a B2W confirmou nessa quarta-feira, 10, que analisa eventual aquisição do site de comércio eletrônico Netshoes.

Para isso, a empresa contratou a assessoria do banco BTG Pactual. "Não há, até o momento, qualquer decisão da companhia sobre uma eventual aquisição de ações, tampouco qualquer documento vinculante", afirmou, em resposta a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em relação a reportagens publicada pela imprensa na terça-feira, que apontavam que B2W e Magazine Luiza travavam disputa para ficar com a Netshoes.

O site de comércio eletrônico busca um comprador há tempos e é considerada uma operação problemática pelo mercado. Com capital aberto nos EUA, a Netshoes tem sofrido com a desconfiança de investidores. A empresa abriu seu capital em abril de 2017, com a cotação de US$ 14,50. Logo depois, viu seus papéis subirem e chegou a valer US$ 24,50.

De lá para cá, entrou em um ciclo negativo e hoje cada ação é negociada a pouco mais de US$ 2. O valor de mercado atual da companhia é de US$ 68 milhões.

Os dados financeiros mostram que ela acumula prejuízos líquidos de quase R$ 300 milhões entre os anos de 2014 e 2017. Os resultados dos três primeiros trimestre de 2018 mostram intensificação das perdas.

A Magazine Luiza está atualmente avaliando uma potencial operação, mas até o momento não há acordo para eventual transação, afirmou a varejista em fato relevante.

O comunicado foi divulgado após notícias nesta semana de que a companhia e outras varejistas estariam em conversas para comprar a empresa de comércio eletrônico.

"Não há contudo, até o presente momento, qualquer contrato, acordo ou oferta vinculante acerca de uma eventual transação, assim como não há qualquer garantia sobre a efetivação de qualquer negócio entre as partes", disse a Magazine Luiza.

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