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Nestlé reavalia práticas de fornecedores após queimadas na Amazônia

A Nestlé informou que, caso necessário, adotará ações corretivas contra seus fornecedores de carne e cacau no Brasil

Amazônia: os incêndios na floresta amazônica ganharam repercussão internacional (Victor Moriyama/Getty Images)

Amazônia: os incêndios na floresta amazônica ganharam repercussão internacional (Victor Moriyama/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 28 de agosto de 2019 às 16h22.

A Nestlé está reavaliando as práticas de seus fornecedores de carne e cacau no Brasil em meio a preocupações com as queimadas na Amazônia e a possível ligação dos incêndios com a atividade agropecuária da região. "Estamos usando uma combinação de ferramentas, incluindo mapeamento da cadeia de suprimentos, certificação, monitoramento por satélite e verificação em terra" disse um porta-voz da Nestlé.

A empresa informou nesta quarta-feira, 27, que "tomará ações corretivas quando necessário", se os fornecedores estiverem violando seus padrões. A multinacional suíça de alimentos adquire óleo de palma, soja, carne e cacau do Brasil. Em 2010, a companhia se comprometeu a não adquirir produtos que gerassem desmatamento. 

Pelo menos 18 marcas de roupas e calçados internacionais, como Timberland, Kipling, Vans e The North Face, solicitaram nesta semana a suspensão de compras de couro do Brasil por causa das queimadas na Amazônia.

Alta nas queimadas

Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as queimadas que atingem a floresta Amazônica, entre janeiro e agosto, aumentaram 83% em relação a 2018. Só em julho, o instituto de pesquisa Imazon calcula que a Amazônia perdeu uma área do tamanho do município do Rio de Janeiro

Para o bioma, este é o maior número de focos de incêndio para o mês desde 2010, quando houve 45.018. Mas aquele ocorreu um ano de seca histórica na região.

 

Tanto a Nasa quanto o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), mostraram que os incêndios deste ano estão relacionados com a alta do desmatamento na região. Alertas feitos pelo Deter, do Inpe, indicam para uma alta de quase 50% no desmatamento entre agosto do ano passado e julho deste ano, na comparação com os 12 meses anteriores.

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