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Nestlé anuncia recompra de ações após acelerar em emergentes

Companhia nunciou um programa de recompra de ações de 8 bilhões de francos suíços e manteve sua previsão de vendas para o ano nesta quinta-feira


	Nestle: lucro líquido caiu cerca de 10% para 4,6 bilhões de francos nos seis meses do ano até junho
 (Getty Images/Getty Images)

Nestle: lucro líquido caiu cerca de 10% para 4,6 bilhões de francos nos seis meses do ano até junho (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 09h26.

Zurique - A Nestlé, maior grupo de alimentos do mundo, anunciou um programa de recompra de ações de 8 bilhões de francos suíços (8,8 bilhões de dólares) e manteve sua previsão de vendas para o ano nesta quinta-feira, após o crescimento da receita em mercados emergentes acelerar no segundo trimestre.

As declarações foram feitas após a rival anglo-holandesa Unilever culpar uma desaceleração na Ásia pelo fato de suas vendas do segundo trimestre terem ficado abaixo das previsões no mês passado, e do lucro da francesa Danone ser afetado pelas vendas baixas de laticínios na Europa.

"A Nestlé é uma das bem poucas empresas no setor de bens de consumo a não desapontar o mercado no primeiro semestre e não fazer um alerta de lucro para o ano" disse o analista Jean-Philippe Bertschy, da Vontobel, em relatório.

O grupo suíço também anunciou um programa de recompra de ações de 8 bilhões de francos suíços, o que se seguiu à venda de uma fatia de 8 por cento na L'Oreal mais cedo neste ano. O valor ficou acima da recompra de cerca de 5 bilhões esperada pelo mercado, segundo Bertschy, da Vontobel.

A companhia disse que quer concluir a recompra até o fim de 2015.

O lucro líquido da Nestlé caiu cerca de 10 por cento para 4,6 bilhões de francos nos seis meses do ano até junho, aquém da estimativa média de analistas de 5,01 bilhões de francos segundo pesquisa Reuters, corroído pelo franco suíço forte e maiores custos de insumos para a produção.

O crescimento de vendas ajustado para oscilações cambiais e aquisições acelerou para 4,7 por cento no primeiro semestre, ante 4,1 por cento no mesmo período do ano anterior e 4,2 por cento no primeiro trimestre, com o avanço tanto dos volumes quanto dos preços.

O crescimento das vendas em mercados emergentes, que representaram 44 por cento das vendas do grupo, acelerou para 9,7 por cento, ante 8,2 por cento um ano antes e 8,5 por cento no primeiro trimestre. Isso incluiu crescimento de dois dígitos na América Latina, com o bom crescimento em Turquia, Paquistão, África e nas Filipinas ofuscando condições mais desafiadoras na China.

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