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Neoenergia deve ser destaque na retomada das elétricas

A maior empresa privada de energia elétrica do Brasil, com 13,5 milhões de clientes, divulga hoje seu balanço do terceiro trimestre

Neoenergia: companhia atua nos segmentos de distribuição, transmissão, geração e comercialização de energia. (Ricardo Moraes/Reuters)

Neoenergia: companhia atua nos segmentos de distribuição, transmissão, geração e comercialização de energia. (Ricardo Moraes/Reuters)

DG

Denyse Godoy

Publicado em 20 de outubro de 2020 às 06h00.

No segundo trimestre deste ano, o consumo de energia elétrica no país chegou ao fundo do poço com a paralisação da economia por causa da pandemia do novo coronavírus. No terceiro, deu início à tal recuperação em V que o governo e os especialistas torcem para ver em todos os setores. Mas, mesmo nas atividades que de fato estão se recuperando, há empresas que vêm se saindo melhor e outras, pior.

A Neoenergia – maior empresa privada de energia elétrica do país, com mais de 13,5 milhões de clientes – deve estar no grupo das mais beneficiadas pela recuperação que começou em julho. Pelas contas do banco de investimentos americano JPMorgan, a Neoenergia deve apresentar no balanço que sai após o fechamento do mercado nesta terça-feira, 20, um lucro de 485,7 milhões de reais referente ao período de julho a setembro. Em relação ao terceiro trimestre de 2019, esse montante embute uma queda de 19% – comparados com 98% de redução no lucro da fluminense Light, para 27 milhões de reais, e de 29,8% da EDP Brasil, para 248 milhões de reais, de acordo com as estimativas do JPMorgan.

"Com algumas exceções, os resultados do terceiro trimestre para as empresas de energia elétrica brasileiras podem vir melhor do que o esperado porque os volumes parecem ter se recuperado mais rápido do que se previa, a inadimplência caiu para os menores níveis da história, e as empresas foram favorecidas pela conta-covid [empréstimo oferecidos por um grupo de banco segundo regulamentação do govenro federal], com efeitos positivos sobre o endividamento", Fernando Abdalla, Henrique Peretti e Milene Carvalho, analistas do banco americano, escreveram em relatório a clientes.

Para distribuidoras como a Neoenergia – que controla a Elektro, servindo o interior de São Paulo e o Mato Grosso do Sul, a Coelba, da Bahia, a Celpe, de Pernambuco, e a Cosern, do Rio Grande do Norte – o calor atípico no país em setembro também foi uma boa notícia, já que aumentou o uso dos aparelhos de ar condicionado.

Conforme a reabertura da economia no Brasil prossegue, as perspectivas para um dos setores favoritos dos investidores pela estabilidade de receitas ficam mais positivas.

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