Starbucks: presidente da empresa agradeceu em comunicado a Donte e Nelson "pela disposição para a reconciliação" (Leonardo Barci/Creative Commons)
EFE
Publicado em 2 de maio de 2018 às 20h53.
Portland- As polêmicas detenções de dois negros em um estabelecimento da rede Starbucks no mês passado na Filadélfia, cujas imagens se disseminaram rapidamente pela internet, foram resolvidas nesta quarta-feira com o pagamento simbólico de US$ 1 e uma promessa de criar um programa dedicado a jovens empresários.
Rashon Nelson e Donte Robinson, que foram reprimidos pelo estabelecimento por permanecerem sem consumir nada, aceitaram a indenização simbólica e a promessa que a Filadélfia investirá US$ 200 mil em programas para jovens empreendedores, segundo um comunicado emitido pela empresa.
Os dois homens e o seu advogado afirmaram que "o acordo é um esforço para garantir que algo positivo saia do incidente".
"Estou satisfeito por ter resolvido possíveis reivindicações contra a cidade desta maneira produtiva. Este incidente provocou muita dor na nossa cidade e nos colocou sob o foco nacional por motivos indesejados", disse o prefeito da Filadélfia, Jim Kenney.
O presidente da Starbucks, Kevin Johnson, agradeceu em comunicado a Donte e Nelson "pela disposição para a reconciliação".
"Agradeço pela oportunidade de começar uma relação com eles para compartilhar aprendizado e experiências. Starbucks continuará tomando medidas derivadas deste incidente para reparar e reafirmar nossos valores e nossa visão do tipo de empresa que queremos ser", analisou o diretor.
Nelson afirmou que considera "um caso de estar no lugar errado no momento adequado, devido ao resultado que pode ser obtido".
A Starbucks ofereceu a ambos a oportunidade de completar os estudos universitários com uma bolsa em parceria com a Universidade do Estado do Arizona, disponível apenas para os colaboradores da empresa.