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Negócios de família: empresa brasileira põe 29 nomes na lista de bilionários da Forbes

Fundada em SC, multinacional de equipamentos eletroeletrônicos teve faturamento anual de R$ 29,9 bilhões em 2022

WEG: com a companhia, Santa Catarina tem 35 bilionários (Leandro Fonseca/Exame)

WEG: com a companhia, Santa Catarina tem 35 bilionários (Leandro Fonseca/Exame)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 3 de setembro de 2023 às 15h43.

Última atualização em 3 de setembro de 2023 às 18h13.

Com 29 membros na lista de brasileiros bilionários da Forbes 2023 — divulgada na quinta-feira —, a catarinense WEG é a empresa com mais acionistas no ranking. Com a companhia, Santa Catarina soma um total de 35 bilionários e bilionárias, atrás apenas de São Paulo, que tem 111. De acordo com a Forbes, os descendentes dos fundadores da WEG têm, juntos, um patrimônio de R$ 85,53 bilhões.

Com um faturamento de R$ 29,9 bilhões em 2022 — 21 anos após conquistar o primeiro bilhão —, a multinacional e fabricante de equipamentos eletroeletrônicos conta com 39 mil colaboradores e mais de 4.300 engenheiros. Além disso, possui em seu portfólio mais de 1.500 linhas de produtos.

A história da WEG começa em 1961, ano em que foi fundada por três sócios — Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus — em Jaraguá do Sul (SC), com um capital inicial de Cr$ 3.600,00 (três mil e seiscentos cruzeiros). O nome WEG une as iniciais do primeiro nome de cada um dos sócios. São os descendentes deles, como Anne Werninghaus, que integram hoje a lista da Forbes.

Este ano, a Forbes mudou sua metodologia e passou a agrupar fortunas familiares, daí a entrada de vários nomes ligados à WEG na lista.

Presença internacional

Reconhecida como uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo, a empresa inicialmente produzia motores elétricos. Foi na década de 1980 que ampliou sua produção e passou a fornecer também componentes eletroeletrônicos, produtos para automação industrial, transformadores de força e distribuição, tintas líquidas e em pó e vernizes eletroisolantes.

Presente nos cinco continentes — tem filiais em 37 países e fábricas em 15 —, foi em 1970 que a WEG começou a se projetar no mercado internacional. Naquele ano, fez suas primeiras exportações para Guatemala, Uruguai, Paraguai, Equador e Bolívia. Três anos mais tarde, em 1973, já exportava para 20 nações.

História

Em 1976, em parceria com a Motores Jara, abriu um escritório na Alemanha. Esse era só o primeiro passo. Hoje, a WEG está presente em países como China, Índia, África do Sul, Estados Unidos e Colômbia.

Ao longo de sua história, a multinacional adquiriu também outras empresas, como a Instrutech, que fabrica produtos e sistemas de automação industrial e comercial e de segurança; a fábrica de tintas Pulverlux, da Argentina; o distribuidor Fournais A/S, na Dinamarca; e o Watt Drive Antriebstechnik GmbH, companhia austríaca especializada no desenvolvimento e fabricação de redutores, motorredutores, inversores de frequência e sistemas de acionamento.

Atualmente, já são mais de um bilhão de produtos de automação fabricados e 123 mil em margem de valor agregado (MVA) em geradores. Além disso, possui mais de 19 milhões de motores e 6 mil MVA em transformadores produzidos anualmente. Por mês, são produzidos 1,7 milhão de litros de tintas e 2.300 toneladas de tintas em pó.

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