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Negócios da Caixa estão mais saudáveis, diz vice-presidente

Banco informou hoje que registrou lucro líquido de R$ 998,118 milhões no terceiro trimestre

Caixa Econômica: banco registrou queda de 67,1% do lucro no terceiro trimestre em relação a igual período de 2015 (Pilar Olivares/Reuters)

Caixa Econômica: banco registrou queda de 67,1% do lucro no terceiro trimestre em relação a igual período de 2015 (Pilar Olivares/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 16h14.

Apesar da queda no lucro líquido da Caixa no terceiro trimestre deste ano, os negócios do banco estão mais saudáveis, na avaliação do vice-presidente de Finanças e Controladoria, Osvaldo Cavalcante.

Hoje (14), a Caixa Econômica Federal informou que registrou lucro líquido de R$ 998,118 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 67,1% em relação a igual período do ano passado (R$ 3,037 bilhões).

Segundo Cavalcante, essa redução foi influenciada pela mudança na alíquota da Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL) de 15% para 20%, no ano passado.

Com o aumento da alíquota, cresceu o crédito tributário do banco, em 2015, o que não aconteceu este ano.

O vice-presidente destacou que o resultado gerado exclusivamente pela operação de negócios do banco, chamado de resultado operacional, é positivo e foi possível com o aumento do relacionamento com os clientes, o maior controle da qualidade da carteira de crédito e a melhora na eficiência das despesas administrativas.

O resultado operacional chegou a R$ 811 milhões, no terceiro trimestre, e acumulou nos nove meses do ano R$ 1,6 bilhão, com crescimento de 8,7%.

No trimestre, as despesas de provisão para devedores duvidosos somaram R$ 5,1 bilhões, 16,6% menor se comparado ao terceiro trimestre de 2015.

No acumulado até setembro, essas despesas totalizaram R$ 15,2 bilhões, redução de 3,4% em relação ao mesmo período de 2015.

Segundo Cavalcante, a redução da provisão é segura porque para cada R$ 1 emprestado, o banco tem R$ 1,50 reservados para o caso de calote. Ou seja, o Índice de cobertura é de 150%.

"Nossa carteira de crédito é concentrada em operações de baixo risco e garantia forte", destacou. Cavalcante lembrou que do total da carteira de crédito de R$ 700 bilhões, R$ 400 bilhões são de financiamento habitacional.

Ele citou também o crédito para infraestrutura e o consignado (com desconto em folha de pagamento), classificados como de baixo risco de inadimplência.

De acordo com o balanço da Caixa, o índice de inadimplência encerrou setembro em 3,48%, abaixo da média de mercado (3,73%). Segundo o banco, esse resultado foi influenciado por um "grupo econômico específico do setor de óleo e gás".

"Excluído esse efeito, a inadimplência alcançaria 3,26% e ficaria estável em relação ao trimestre anterior e ao terceiro trimestre de 2015", diz o banco.

O vice-presidente também destacou que o Índice de Basileia do banco encerrou o período em 13,5%. Esse percentual indica a capacidade do banco de emprestar, levando-se em consideração os recursos próprios e a ponderação de riscos. O índice mínimo exigido no Brasil é 11%.

Cavalcante disse ainda que o banco está fazendo seu planejamento para não precisar de injeção de capital do Tesouro no próximo ano.

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