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Natura tem queda de 44,6% no lucro líquido do 3º tri

A companhia divulgou queda de 4,7% na receita líquida consolidada, para 1,9 bilhão de reais, pressionada pelo desempenho das operações no Brasil

Natura: de acordo com a Natura, o desempenho no país foi afetado pela procura dos consumidores por produtos de preços mais baixos (.)

Natura: de acordo com a Natura, o desempenho no país foi afetado pela procura dos consumidores por produtos de preços mais baixos (.)

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Reuters

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 21h45.

Última atualização em 26 de outubro de 2016 às 21h59.

São Paulo - A fabricante de produtos de beleza Natura fechou o terceiro trimestre com lucro líquido consolidado de 73,1 milhões de reais, uma queda de 44,6 por cento no mesmo período do ano passado, pressionada pela queda na receita e aumento da carga tributária.

A companhia divulgou queda de 4,7 por cento na receita líquida consolidada, para 1,9 bilhão de reais, pressionada pelo desempenho das operações no Brasil, onde a receita líquida consolidada caiu 7,1 por cento, para 1,266 bilhão de reais.

A receita líquida das operações internacionais teve variação positiva de 0,5 por cento, a 637,1 milhões de reais.

Para a América Latina, na tradução para reais, os resultados foram impactados de forma desfavorável pela apreciação do real frente à cesta de moedas da região.

De acordo com a Natura, o desempenho no país foi afetado pela "continuidade de um contexto desafiador, em que os consumidores intensificaram a busca por produtos de preços mais baixos (trade down), principalmente nas categorias de perfumaria, corpo e rosto, que são mais sensíveis à renda disponível e que representam cerca de 60 por cento da nossa receita".

Ainda conforme a empresa, esse contexto contribuiu para a queda da frequência de compra do seu canal e retração de 21,9 por cento dos volumes, interrompendo a retomada do crescimento observada no segundo trimestre.

"Diante desse cenário, já ajustamos nossas promoções e mix de produtos para ativarmos mais os nossos consumidores e estimularmos a colocação de pedidos pelas consultoras."

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado caiu 20 por cento, para 319,8 milhões de reais. A margem Ebitda caiu para 16,8 por cento ante 20 por cento no terceiro trimestre de 2015.

Nas operações do Brasil, o Ebitda caiu 34,2 por cento, pressionado pela retração da receita líquida, efeitos não-recorrentes que favoreceram o resultado do terceiro trimestre de 2015 (venda de ativos), aumento das despesas de propaganda com foco em relançamentos, alta das despesas administrativas e elevação da carga tributária.

O Ebitda das operações internacionais subiu 49 por cento na base anual. Segundo a Natura, quando traduzido para reais e incorporado aos resultados consolidados, o impacto desfavorável da apreciação do real nos resultados de América Latina foi compensado pela manutenção do crescimento acelerado da receita com alavancagem operacional.

Os números ficaram abaixo da média de quatro projeções de analistas compiladas pela Reuters, que apontava lucro líquido de 127 milhões de reais, receita líquida de 2,05 bilhões de reais e Ebitda de 379,5 milhões de reais.

A Natura também revisou estimativa para os investimentos (capex) de 2016 de 350 milhões para 300 milhões de reais. De acordo com a companhia, a redução deve-se à maior eficiência nas compras e também à apreciação do real frente à cesta de moedas na América Latina.

A Natura encerrou setembro com 1,82 milhão de consultoras ante 1,835 milhão um ano antes. A empresa realiza teleconferência com analistas na quinta-feira, às 10h.

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