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Natura tem prejuízo de R$ 69,1 milhões no 1º trimestre

No mesmo período do ano passado, empresa tinha registrado lucro de R$ 119,6 milhões


	Natura: Ebitda da companhia caiu 24,1% no primeiro trimestre, somando R$ 217 milhões.
 (Divulgação/Natura)

Natura: Ebitda da companhia caiu 24,1% no primeiro trimestre, somando R$ 217 milhões. (Divulgação/Natura)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2016 às 08h28.

São Paulo - A fabricante de produtos de beleza Natura divulgou na noite de quarta-feira que teve prejuízo de 69,1 milhões de reais para o primeiro trimestre, afetada pela retração de vendas no Brasil, pelo efeito da variação cambial e aumento de provisão.

A empresa havia obtido lucro líquido de 119,6 milhões de reais no mesmo período do ano passado.

A companhia teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 217 milhões de reais no período, queda de 24,1% sobre os três primeiros meses do ano passado. A margem Ebitda caiu 4,6 pontos percentuais, a 12,8%.

Além da piora no resultado operacional, o prejuízo teve impacto do aumento de provisão para compra da parcela restante da australiana Aesop, pela marcação a mercado do hedge das dívidas em moeda estrangeira e outros fatores ligados ao câmbio.

A receita líquida consolidada avançou 2,9%, a 1,69 bilhão de reais, com a expansão de 42,4% da receita internacional compensando a baixa de 9,8% no Brasil.

O pior desempenho no país ocorreu principalmente por conta do aumento da carga tributária em relação ao ano passado e pela queda de 11,4% nos volumes, disse a Natura. A empresa elevou os preços em 9,1% nos últimos doze meses para atenuar o impacto da carga tributária e da inflação nos custos.

A produtividade das consultoras no país recuou 9,5% sobre um ano antes.

"Além do cenário recessivo, também é importante destacar que em 2016 postergamos o início da campanha do dia das mães em relação a 2015, concentrando assim uma parcela maior das receitas no mês de abril", disse a companhia.

As despesas com vendas, marketing e logística tiveram alta de 6,7% contra os três primeiros meses de 2015, enquanto as despesas administrativas avançaram 19,1%.

Matéria atualizada às 08h29

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