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Natura &Co América Latina bate meta de mulheres na liderança e tem novos desafios

Na região o grupo Natura tem 51% de mulheres na liderança, mas se comprometeu a cumprir metas globais até 2023

Natura: inovação aumenta na pandemia  (Natura/ Guilherme Missumi/Divulgação)

Natura: inovação aumenta na pandemia (Natura/ Guilherme Missumi/Divulgação)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 4 de março de 2021 às 12h45.

Última atualização em 6 de março de 2021 às 11h18.

Para aumentar a equidade de gênero nas empresas que compõem o Natura &Co (Avon, Natura, The Body Shop e Aesop), o grupo se comprometeu globalmente a ter 35% de mulheres na alta liderança (vice-presidente e acima) e 50% no Conselho de Administração até 2023, bem como garantir paridade de gênero e remuneração igualitária entre toda a sua força de trabalho até 2023.

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A boa notícia é que o Natura & Co América Latina já alcançou 51% de mulheres na liderança, referente aos cargos de diretoria e acima, que estão nos três primeiros níveis da organização, e agora tem o desafio de replicar este modelo nas demais regiões do mundo.

"Nos da orgulho ter atingido a meta antes do tempo proposto. Seguiremos gerenciando esse progressos e conquistando avanços importantes para a equidade de gênero, mas também para a equidade étnico-racial, LGBTI+, de pessoas com deficiência e outros grupos subrepresentados de acordo com as particularidades de cada região", diz Andrea Alvares, vice-presidente de marca, inovação, internacionalização e sustentabilidade da Natura.

O compromisso que foi assumido pela Natura na sua Visão de Sustentabilidade 2050, passou a ser aplicado para todas as empresas do grupo com o lançamento do Compromisso com a Vida 2030 em junho do ano passado.

O Compromisso possui 3 pilares: enfrentar a crise climática e proteger a Amazônia, Abraçar a Circularidade e a Regeneração e Defender os Direitos Humanos e sermos mais humanos. Esse último, se refere a igualdade de gênero, inclusão de grupos sub-representados e salário digno para colaboradoras e colaboradores; aumentos mensuráveis nos ganhos, ensino e saúde da rede; e intolerância contra a violação dos direitos humanos na cadeia de suprimentos.

Com a nova organização do grupo após o processo de integração da Avon que completou em janeiro passado seu primeiro ano, os objetivos desse Compromisso ampliam sua força, ao alcançar mais de 18.000 colaboradores e colaboradoras na América Latina.

ODS

As metas se alinham com pelo menos três dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ODS5:Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas, ODS8: Promover o trabalho Decente e Crescimento Econômico e o ODS10: Redução das Desigualdades.

De acordo com informações divulgadas pela Organização Internacional do Trabalho a maioria das mulheres no mundo tem o desejo de ter um trabalho remunerado, não obstante enfrentam alguns desafios comuns como a dificuldade da conciliação da vida familiar com o trabalho e uma maior dificuldade de acesso a equidade de oportunidades com homens na medida em que aumenta o nível de escolaridade e expertise.

Nesse contexto a Natura &Co afirma ter como compromisso promover bem-estar durante a jornada de trabalho, contribuindo para que as colaboradoras tenham uma melhor experiência e consigam conciliar carreira e com a vida pessoal, exemplo disso foram as iniciativas implementadas para conviver na nova realidade de trabalho em casa e ações como Tempo Presente, que deu direito a um livre para mães no mês do Dia das Mães. 

"Com a chegada da pandemia revimos processos, aseguramos contratos com fornecedores, oferecemos extensão de prazo de pagamentos para as consultoras e outras práticas que olham para as pessoas. Entendemos também que o trabalho passou a fazer parte da casa e da família dos funcionários e oferecemos horário de almoço ampliado e mais iniciativas para manter as boas condições de vida", diz Alvares.

Metas alcançadas

A meta para o Grupo se desdobra após a Natura já ter batido sua meta de mulheres na liderança na América Latina. A "empresa mãe" serve de exemplo para as demais do grupo após ter instituído práticas que vão do berçário criado em 1991 até as mais recentes como treinamento de viéses inconscientes para toda a liderança e diversidade na meta do programa de participação de lucros e resultados.

"Para mudar o status é preciso olhar para todo o sistema e criar condições de acesso. Para nós a diversidade é fonte de valor, para além da justiça social, e não pode ser deixada de lado no plano de negócio. Nossa ambição é continuar e ter 30% de grupos subrepresentados na liderança até 2030", diz Alvares.

Mulheres na ciência 

O time de pesquisa e desenvolvimento da Natura é um dos que reflete a presença de mulheres na companhia. Por lá, 29 dos 40 funcionários são mulheres que lideram uma agenda de inovação e ciência em tecnologia aplicada.

"Essas mulheres fazem desde o mapeamento genômico de dezenas de ativos utilizados na biocosmética até a parceria com instituições como a USP e o MIT para desenvolver produtos que melhoram a qualidade do fio de cabelo", diz Alvares.

Com esse time majoritariamente feminino a Natura tem, inclusive, exportado talentos para outras empresas do grupo, como é o caso da Roberta Roesler, ex-Natura e hoje diretora global de pesquisa e desenvolvimento na The Body Shop.

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